21 agosto 2014

Deixai vir a mim as criancinhas... mas com limites

Sou uma pessoa que gosta de crianças... no geral.
Mas depois há os casos particulares.

Como, por exemplo, quando andamos descansados às compras e surge do nada um pequeno exemplar aos guinchos que se agarra à nossa perna com unhas e dentes, mãos e pés, braços e pernas.
A pequena lapa está agora firmemente agarrada e nunca a vimos na vida, e nem conseguimos pensar dado o berreiro. Após o transe inicial tentamos falar com a pequena criatura mas ela não nos liga nenhuma. E continua a gritar. E continua firmemente presa.
Então tentamos andar, com toda a elegância de alguém que tem quase metade do seu peso corporal agarrado a uma perna. Parecemos uns trambolhos, claro.
Tentamos novamente apelar ao pequeno ser. Tentar perceber o que pretende, o que lhe aconteceu, onde estão os paizinhos e por aí. Nada novamente.
E começamos a perceber os olhares e sussurros de quem está à nossa volta, com aquele ar de crítica e desaprovação. "O que é que esta parvalhona fez à pobre criancinha?". "Eu????"

E os pais nowhere to be seen.
Pensando melhor, acho que não gosto é de alguns pais.

2 comentários:

  1. Entâo mas e qual foi o final da história?

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    1. Muito pouco emocionante, lamento. Após aqueles breves minutos de destruição de tímpanos e dignidade, o pequeno ser soltou-se e abalou a correr e a deitar tudo o que era livro ao chão. E eu fiz o meu melhor ar de “isto não é nada comigo” e saí de mansinho. Com um ligeiro coxear.

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