28 novembro 2017

Dica para os spammers e hackers desta vida

Eu sei que a vida está difícil para vocês, o povo está cada vez mais informado e cai menos nos vossos esquemas e tentativas de logro, mas a culpa disso também é vossa, então não é?
Ai não acreditam? Querem um exemplo? Cá vai. Se os e-mails dos comprimidinhos azuis já não tinham grande sucesso (digo eu, não sei), tentar uma abordagem em  que associam o assunto "como aumentei o meu pénis em 14 semanas" ao remetente "Jessica Ferreira", amiguinhos, faz-vos perder toda a (pouca) credibilidade que ainda pudessem ter.

Vá, revejam lá isso e não digam que eu não sou amiga. De nada.

21 novembro 2017

Sobre o ano que passou

Sim, eu sei que ainda não estamos no final do ano (se bem que, a avaliar pela quantidade de decorações natalícias, eu poderia jurar que estávamos quase, quase, quase) e que costuma ser essa a altura escolhida para fazer balanços. Eu cá nunca fui de resoluções de ano novo e também não sou fã de balançar (fico enjoada, e às vezes sou do contra, não sei se já se tinham apercebido), mas este ano passou tão depressa e foi tão rico em mudanças, que merece uma baloiço/balanço/coiso, "para mais tarde recordar".

Assim sendo, em Novembro faz um ano que:
  •  mudei de carro (mesma marca, mesma gama, que em equipa vencedora não se mexe)
  • larguei um vício (aleluia!!!)
  • passei a dedicar muito tempo e muita força ao ginásio (com um PT a quem chamar nomes, pois claro)

Não satisfeita, durante este ano ainda:
  • mudei de casa (adeus aranhas gigantes)
  • mudei de emprego (à porta da casa nova, ah pois é)
  • mudei de dança (adeus salsa, foram 9 anos bem passados, mas... olá tango)

E é isto. Basicamente, só não mudei de amigos. Mas fiz alguns novos. 
Ah, e claro, não mudei de gajo. Este Novembro (sweet november?) assinalou o 3º ano que passei a aturá-lo. Ufa, isto é que é dose. Brincadeirinha luv, podem vir mais uns, que eu não me importo.

02 outubro 2017

Embirrações #8

Morar na mais populosa freguesia da cidade, votar na minha antiga escola secundária e ter de gramar com os "arrastões de lesmas" a ocupar toda a extensão dos corredores. Pior, pior, só mesmo quando não satisfeitos com o passo de caracol, ainda resolvem parar de repente para cumprimentar "aquela pessoa que já não via há séculos!", "o meu médico de família", "o treinador/professor do meu filho/a" ou uma das quaisquer 1 658 895 pessoas do círculo social deste tipo de fauna.

29 setembro 2017

How to save a life

Por vezes temos a sorte de partilhar momentos com grandes pessoas. GRANDES, não necessariamente em tamanho. GRANDES por serem quem são, e por nos fazerem acreditar que a humanidade ainda está boa e ainda se recomenda. Ontem foi uma dessas vezes.

22h30 de um dia da semana. Fim de mais um treino. À saída, um miar contínuo, aflito. Uns continuaram o seu caminho, uns poucos de nós ficaram. Os que acharam impossível ficar indiferentes. Depois de muito chamar, varrer espaços com lanternas de telemóvel, andar de gatas e até deitados no chão de granito, conseguimos perceber. Um jovem gatinho, preso sob os nossos pés. No espaço oco, de condutas, entre o tecto de uma garagem comum e as lajes de granito do terraço em cima. O espaço diminuto por onde se tinha esgueirado apenas nos permitia dar-lhe de comida e afagar as orelhas.

Apelámos aos Bombeiros. Que vieram logo, acompanhados da Polícia. Heróis. Plenos de simpatia, preocupação, compaixão e bondade. Após alguma consideração e estudo das condições, optaram por retirar uma das enormes pedras de granito do pavimento. Logo ali, uma cauda visível. E depois, foi esperar. O jogo do gato e do rato, mas com papéis invertidos. Comida cá fora, pessoas afastadas, silêncio e paciência. Surgiu um focinho. E umas patas. A cheirar o ar. Tão assustado, que não se atrevia a sair e qualquer movimento o fazia rastejar novamente para debaixo do chão. Até que finalmente, ganhou confiança. E ficou livre. Com as restantes vidas intactas, para gastar.

Nós, quase 3 horas depois, exaustos, com muita fome e o corpo gelado. Mas de coração quente e cheio de ronrons.

26 setembro 2017

Oh si... me liga, vai

Pois é. À semelhança de tanta gente por esse país fora, hoje também eu recebi um maravilhoso SMS a anunciar que tinha subscrito um daqueles serviços de valor acrescentado, sem nunca o ter feito.

E que serviço era esse? Joguinhos online? Notícias? Previsão do tempo? Tarot?
Nop. Nada disso. Por ser para mim, nada mais nada menos do que o Encontros Picantes.

Vá. Podem rir-se à vontade. Já não vão ser os primeiros a fazê-lo. E certamente não serão os últimos.

P.S.1. Analisando pelo lado positivo, já deu para andar perdida nos fóruns da MEO e encontrar pérolas que até dão origem a posts, não é Jedi? 
P.S.2. Ah, e caso queiram saber, já está resolvido. Subscrição anulada. Lamento, outros subscritores e subscritoras, mas eu já tenho quem me pique.

10 agosto 2017

Parece que hoje acordei num episódio do Benny Hill

Oh sorte. E eu que nem apreciava tal programa. Mas hoje a musiquinha não me saía da cabeça. Nem a sucessão de azares, ridículos, que as personagens enfrentavam.

Como, por exemplo, ainda mal-acordada, antes do banho, resolver trocar a lâmina de uma gillette e acabar com um lenho de proporções astronómicas no dedo. Que sangrou copiosamente, enchendo tudo com água rosinha, e criando várias pinturas abstractas em azulejos, toalhas e outras peças de roupa.

Ou, nem uma hora depois, estar na garagem à procura de algo dentro de uma caixa numa estante, conseguir virar aquela porra toda para cima de mim, caindo-me outra caixa na tola, a estante inteira no ombro e o bico de um chapéu-de-chuva em cheio no pé apenas desprotegido pela bela da sandaloca.

Agora estou aqui, dedo enfaixado, a coxear, pé com uma linda medalha roxa, galo na cabeça e o ombro negro e dorido. Mas hey, ainda só são 11h. Mal posso pelos próximos episódios. Só que não.

23 maio 2017

Não sei bem para o que andará ela a treinar...

Há uma rapariga nova lá no ginásio. Até aqui, tudo bem. O que não falta são miúdas sempre a entrar e a juntarem-se aos treinos. O PT é jeitoso e além disso, o Verão está a chegar e já se conhece aquele fenómeno da fé nos milagres, que muita gente tem.

A minha única questão é o facto de ela me desconcentrar. O raio da "piquena" é uma Sharapova em potencial. Muito sonora. Mesmo MUITOOOOOOO SONORAAAAAAAA. Com a mesma particularidade de que os sons que a menina emite não soam a esforço, mas sim a cama. Sim, isso. Quecas. Trungalhundice. Oh si cariñooooo. Orgasmos. E uma pessoa quer estar sossegada a treinar e acaba por estar constantemente a virar a cabeça para ver o que o PT lhe estará a fazer. Isso não se faz, pá.

30 abril 2017

Oh happy days

Feliz dia Mundial da Dança!! Sim, eu sei que foi ontem e então? Isto é como o Natal, quando o homem, ou neste caso o rato, quiser. E vá, eu e a dança temos andado um bocadinho mais afastadas nos últimos tempos, reduzidas a 3h semanais, mas sempre que penso que vamos acabar, ela vem e reconquista-me. Talvez até me volte a levar a um palco, quem sabe.

E bem, já agora, como estamos nisto de celebrar datas... Parabéns toca!!! Fazes... eeeeerrrr.... e vão 2, noves fora... 3 anos! Uuuu, tão crescida! E abandonada que ela anda, coitada. Vamos ver se resolvemos isso também, vamos? Mas sem promessas. Mais um talvez, quem sabe.

"Take more chances. Dance more dances." Eu, a ser feliz.

12 abril 2017

Que falta de emoção

A última vez que estive numa situação de overbooking, foi com a Continental Airlines, agora fod***, oops, digo fundida com a United. Mas não nos foi permitido entrar no avião enquanto não houvesse desistências. E além de oferecerem mais uma noite em NYC, com tudo pago, ainda davam crédito em passagens de avião. O valor ia subindo conforme o tempo passava sem ninguém se chegar à frente para ficar em terra. A cada anúncio de que continuávamos a ser mais que as mães, lá se ofereciam mais uns dólares. Estilo leilão, mas ao contrário. Chegou aos $500 ou $600, já não me recordo ao certo. Um desperdício, não é verdade? Bastava deixar entrar todos e depois arrastar lá de dentro uns quantos, pelos cabelos. Isso sim, era radical. E emocionante. E bom para a contenção de custos. A não ser que depois houvesse processos judiciais. Lawsuits. Isso é que era chato. E toda a gente sabe como os americanos se pelam por coisinhas dessas. Que inconvenientes, pá.

10 abril 2017

Brain freeze*

Jovem, não queremos que falte nada ao teu iogurte gelado! Por isso, se tens dúvidas, não hesites! Per... pre... errrr... unta.... isso!


* O fenómeno é real, como se pode comprovar.

24 fevereiro 2017

O meu momento fofinho do dia dos namorados

E com este título maravilhoso, quase posso apostar que afloraram nas vossas cabecinhas duas perguntas mui pertinentes.

A primeira, "oh, rato, só agora?!" E eu, respondo, olhem, pois, é o que há. A casa nova continua a dar comigo em doida, o trabalho também não ajuda, e a disposição para aqui vir não tem sido muita. É a vida. Além disso, mais vale tarde que nunca, yada, yada, blá blá blá whiskas saquetas.

A segunda, mais que óbvia, particularmente para quem me conhece um tiquito... "dia dos namorados, rato?!?!?" Sim. Ah, esperem. O quê, pensavam que eu ia falar de namorados, namorados? Tipo, o meu? Ou o que fizemos nesse dia? AHAHAHAHAHA...AHAHAH...AHAH...AAA... Vá, agora a sério. Para quem ainda não sabia, eu sou daquelas pessoas que não liga muito a isso. Não tenho nada contra, atenção. Só que também não tenho nada a favor. E ainda para mais, o gajo está longe durante a semana. Ou sou eu que estou longe. Ou as duas opções anteriores, sei lá.

O que vos leva a uma terceira pergunta. "Então, mas não eram duas?" Eram, claro. Esta só aflorou agora que respondi à segunda, não foi? Aliás, com esta brincadeira vamos acabar nas quatro. Como se não houvesse nada mais interessante para fazer do que estar aqui nas perguntas e respostas. E como se esta introdução não fosse uma das mais longas e parvas de sempre. Enfim, desculpem lá o mau jeito.

Prosseguindo. A quarta, "então mas se o post não é sobre namorados, ou sobre ti, é sobre quê?" Ah, finalmente, vamos ao que interessa. O post é sobre uma história fofinha que, por acaso, está relacionada com o 14 de Fevereiro, e que me deixou quentinha por dentro. Envolve gatinhos. Um, em particular. A viver num abrigo para animais há mais de um ano, sem que fosse adoptado. Aparentemente era muito tímido e desconfiado, e teimava em esconder-se, motivado sabe-se lá por que maldades sofridas. Os voluntários decidiram então atribuir-lhe uma função: gato recepcionista. Passou a estar na entrada, juntamente com um dos membros do abrigo, e a "receber" as pessoas, restaurando aos poucos a sua confiança nos humanos.


E sendo esta já uma excelente ideia, não foi a única. Com a aproximação do dia dos namorados, resolveram ir um pouco mais longe, e tentar evitar que passasse mais um ano "solteiro". E foi assim que o fizeram.


Sucesso instantâneo. Não só se tornou uma celebridade, como encontrou o amor da vida dele, o humano que o adoptou e lhe dá agora uma vida feliz.


E então, também ficaram mais quentinhos? Espero que sim. Miau.

05 janeiro 2017

Ano novo, casa nova

Bom ano, minhas pequenas cobaias!

Eu sei que já vem um bocado atrasado. Sim, também sei que tenho andado ausente destas lides. Muita coisa a acontecer ao mesmo tempo e o rato é só um. E vai mudar de toca. Literalmente. Com a trabalheira e dores de cabeça que tal acarreta. Valha-me o gajo, com o seu bom humor e profundo conhecimento das questões funcionais e decorativas, para me ajudar.
Não acreditam? Então atentem na situação em que andamos os dois perdidos numa daquelas grandes lojas de tralhas e traquitanas para a casa. Rato pega num piaçaba (sim, uma das peças mais fundamentais do lar). Gajo olha e pergunta "Para que precisas tu dessa lata de bolachas?" I rest my case.

PS: Ah, já me esquecia. Parece que a juntar a isto tudo, hoje ainda me cai mais um ano em cima. Enfim, vidas.

Adenda de extrema importância e relevância para a humanidade e quiçá para a honra e reputação do gajo, ou talvez, só talvez, para a minha saúde: Onde se lê "rato pega num piaçaba", deverá ler-se "rato pega num piaçaba desmontado dentro da caixa dele". Está melhor assim, luv?