22 setembro 2014

Memória olfactiva

Estavas do outro lado da rua. Sorriste. Eu acenei. Mas resolveste atravessar para me cumprimentar.
No momento em que as nossas caras se encostaram, senti o teu perfume. Fechei os olhos um instante e o passado, o nosso, insinuou-se sem aviso e sem convite.

Trocámos amenidades, alguns toques, mais sorrisos. Nostálgicos.
E fiquei ali, presa, atraiçoada pelos meus sentidos. Até ser salva pelo vento.

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