31 agosto 2015

Eu, ele e os outros

Hoje revi um vídeo que me fez lembrar as discussões frequentes que tenho com um amigo. Não é um discutir no mau sentido, são apenas grandes conversas sobre diferentes pontos de vista. Um gladiar de argumentos que não nos leva a lado nenhum, mas nem por isso deixa de ser saudável.

O ponto onde mais vezes discordamos diz respeito à nossa forma de ver o mundo. Ou mais concretamente, o que podemos e devemos fazer relativamente aos que nos rodeiam. Eu sou da opinião que, por pouco que seja, vale sempre a pena fazer algo. Ele também não é daqueles que pensa que nada faz diferença e, portanto, nada vale o trabalho. A visão dele é um pouco mais complexa, e em certa medida, até lhe dou razão. Mas não consigo concordar totalmente. No que respeita a ajudar quem pouco ou nada tem, a visão dele é racional, a minha é acima de tudo emotiva. Ele defende que dar dinheiro ou comida a quem não os tem, não resolve o problema de base. Principalmente quando falamos de países subdesenvolvidos, é da opinião que isso não vai resolver a situação e apenas a prolonga no tempo. Que, sem educação e algo que realmente lhes motive uma mudança de vida, é como colocar um penso rápido numa amputação. Até percebo o argumento e ele, por sua vez, compreende que eu seja "madrinha" de uma criança indiana. Mas apenas porque o dinheiro não é atribuído directamente, e sim aplicado em educação e cuidados de saúde, algo que na perspectiva dos dois, pode fazer diferença a longo prazo.

Depois disto tudo até parece que estamos de acordo, não é? Não totalmente. Ele chega a aceitar esta acção, mas não aceita nenhuma das outras. E eu continuo a ouvir na minha cabeça as palavras de quem me fez as orelhas, eu sei que não resolvo nada por lhe dar isto, mas no momento que o recebe, ela sorri, e por poucos minutos que seja, a vida parece-lhe melhor.
É assim que nos calamos mutuamente... ele fala-me do futuro, eu respondo-lhe com o presente.

25 agosto 2015

Kryptonite

Um animal doente. 
Qualquer um tem esse poder, mas sendo próximo, patinhas que me tocaram e marcaram, o efeito é ainda mais dramático. Um abrir de comportas que está a ser difícil travar.

Podia ser de outra maneira? Não, não podia. Porque se fosse, não seria eu.

23 agosto 2015

Bittersweet feelings

"E não conseguiu dizer mais nada. Desatou de repente a soluçar. Entretanto, já se fizera de noite e eu já largara as minhas ferramentas. Queria lá bem saber do martelo, da porca, da sede e da morte. É que, numa certa estrela, num certo planeta, no meu planeta, na Terra, havia um principezinho para consolar. Peguei-lhe ao colo. Embalei-o. Fui-lhe dizendo: "A flor de que tu gostas não corre perigo nenhum... Eu desenho-lhe um açaime à tua ovelha... Eu desenho-te uma armadura para a tua flor... Eu..." Não sabia que mais lhe dizer. Sentia-me completamente desastrado. Não sabia como chegar até ele... É tão misterioso, o país das lágrimas!"

20 agosto 2015

Afinal, educar cães e humanos não é assim tão diferente

Aquela coisa de não premiar comportamentos que não gostamos e não queremos que se repitam?
Pois, quando uma pessoa tem atitudes estúpidas, o melhor remédio passa mesmo por ignorar. Silêncio e indiferença. Queres ser parvo? Brinca sozinho.
E resulta.

18 agosto 2015

Ares, deus da guerra ou como a guerra é causada por ares

Estou com um problema. Neste momento somos apenas dois no laboratório. Eu e ele. Sim, é aí que está o problema. É um ELE, o que significa guerra de...
...
...
... ar condicionado!
E não era necessário virem para aí com estudos como este, para afirmar o óbvio. É algo que todos conhecemos há uma data de anos, não um saber empírico, mas prático, de experiência feito.

Desta forma, andamos aqui numa espécie de dança das cadeiras, mas com o botão on/off da maquineta. Sempre que um de nós se distrai, pimba, lá está o outro com o dedo pronto. É um liga, desliga, liga, desliga, liga, desliga... de tal ordem que, se fosse com luzes, já eu estaria aqui a estrebuchar no chão com um ataque epiléptico.
Ah, e tal, mas então e dizeres alguma coisa, não era melhor? Era, pois era, se o homem em questão não fosse também o patrão. Não sei quanto a vocês, mas eu cá sinto-me um bocadinho mais inibida em fazer prevalecer a minha opinião neste assunto, até porque ele poderá sempre alegar que eu tenho a hipótese de vestir mais uma camisola (e um gorro, e umas luvas, e um casaco, e uma manta, e...). Já a ele, só lhe resta trabalhar em tronco nú, e nesse caso, seria a minha visão a sofrer.
Assim, cá fico eu, a aguentar, nariz a pingar, olhos ora a chorar, ora a sofrer com lentes arrepanhadas de tão secas, a espirrar desalmadamente. E podiam pensar que a cada espirro, ele se compadecia, e subia a temperatura, não era? Não. A única coisa que ganho são uns santinha! Ao que só me apetece responder santinha, o ca$#!%&, desliga mas é a m&#!% do ar condicionado!!!

Mas, como é óbvio, fico caladinha que nem um rato. Um de laboratório. Eu mesma, portanto.

17 agosto 2015

As traças são todas meninas

Só assim se explica que, numa pilha de camisolas de todas as cores do arco-íris, as vacas bichas só ferrem os dentinhos nas que apresentam tons de rosa, coral ou salmão. Quer dizer, por outro lado, o facto de não fazerem distinção entre estas cores é claramente um indício de influências masculinas... Enfim, seja como for, traças Maria rapazicus, ou param com essa brincadeira ou temos a burra nas couves. Continuem a destruir-me a minha roupinha preferida e vai haver mortos e feridos. Just saying.

07 agosto 2015

Ai é assim, é?

Está tudo a ir de férias, não é? Todos na boa vida e uma pessoa aqui sozinha, sem ninguém com quem brincar. Acham bonito, acham? Humpfffffffff!
Então prontoS, se é assim, eu vou também.

See ya**

06 agosto 2015

Embirrações #4

Pior do que aquelas almas que nunca usam os piscas, só mesmo aquelas que o fazem para a direita e depois viram à esquerda.

Daqui a nada começo a chamar a isto "embirrações automobilísticas", mas enfim...

03 agosto 2015

Pointless doubts #8

Disclaimer: tema escatológico (ou quase, vá).
A imagem seguinte não traduz a realidade, certo? Quer dizer, as senhoras não fazem isto, pois não?


Não, não me estou a referir ao acto em si, por muito que não se queira admitir, é uma necessidade fisiológica e transversal a ambos os sexos. Estou mesmo a falar das calças nos tornozelos. Não me digam que andei enganada estes anos todos...