15 dezembro 2015

Sinto-me tão leve

E incrédula.
E aliviada.
E orgulhosa.
E muito, muito grata.

Uma etapa que, finalmente(!!), chega ao fim. A conclusão do doutoramento, um sonho, uma meta, uma pedra.
Agora descanso. Para já. Outras se seguirão, eu sei, ou não fosse eu quem sou. Tudo porque, adaptando livremente (e de forma muito tosca) as palavras de um português que realmente sabia escrever,

mais do que o monstrengo que a minha alma teme, está a vontade que me prende ao leme.


O meu Adamastor

04 dezembro 2015

Estado das coisas #2

Porque nem só de stress vive o rato e nem só de estudo vive a defesa. Também vive do hábito talar. Mais uma preocupação que fui tratar ontem. Chego e sou atendida."Vamos então ver o traje para a menina". Menina. Comecei logo a nutrir um certo amor pela funcionária, mas as minhas emoções por estes dias não andam de fiar. 

Adiante. "Então, o seu número... deixe cá ver... olhe, experimente este". Experimentei. A saia caía pelas pernas abaixo, a batina parecia um saco de batatas. Uuuuu, sexy. "Ai, ó menina, mas este é o número mais pequeno!" Ora bolas, aqui não há secção de criança, estou fo#$&%. Faz sentido, eu sei, tirando alguma sobredotada, não é comum uma criança necessitar de um hábito talar. "Olhe, não se preocupe, nós apertamos um bocadinho aqui, e ali, e também com a capa por cima nem se nota mais nada!" 

Alfinetes para trás e para a frente, fico ali eu, em frente ao espelho, firme e hirta numa vã tentativa de não me tornar um coador, quando ela chega com a capa e a coloca nos meus ombros. Arrasta no chão atrás e penso, que bonito, como se não bastasse tudo o resto, ainda tenho uma cauda. E nisto, noto um pormenor. A capa está do avesso. Olho para a funcionária, uma expressão de interrogação a acompanhar o ar infeliz de quem roubou a roupa à mãe, e ela sorri, pisca-me o olho e diz "está do avesso sim, para dar sorte à menina".

Pessoas destas valem ouro.

03 dezembro 2015

Estado das coisas #1

Ligeira propensão para momentos de pânico, motivados por diferentes conversas com júris e orientadores, que vão revelando algumas questões "fáceis, fáceis" que devem surgir. E estaria tudo bem, não fossem todas elas sobre assuntos que não constam da tese nem do material que já estudei.
Vamos lá dissertar sobre a definição de fácil, vamos? Essa, pelo menos, talvez saiba responder...

23 novembro 2015

Hoje sinto-me um verdadeiro Einstein

"A theory is something nobody believes, except the person who made it. 
An experiment is something everybody believes, except the person who made it."

Pensavam que eu me estava a sentir inteligente? Quite the opposite...
Dúvidas, dúvidas e... mais dúvidas.

17 novembro 2015

Yay ou haha?

Como é que se faz para aumentar o tempo que as pessoas despendem no Facebook? Fácil. Colocam-se à disposição 6 novas opções para interagir com as publicações alheias (ou com as próprias no caso dos auto-likes). Já estou mesmo a imaginar os dramas e indecisões que isto vai causar por aí.

Na escolha:

"Hum, deixa cá ver, isto é muito digno de like. Mas será de love? E se eu puser o coração não será interpretado como outro tipo de interesse? Por outro lado, só um gosto, assim fraquinho? Isso foi o que as outras todas puseram. Falsas!"

"Ora, isto fez-me rir, haha, mas o yay é mais giro. É assim coradinho, parece envergonhado, e ainda expressa outro tipo de apoio. Mas, e se for apoio a mais? E se ficam a pensar que é uma manobra de engate? Que sou uma oferecida? Bolas."

E claro, na interpretação:

"Aaahhh, tenho um love!! Não é um simples gostar, será que está interessado em algo mais? E o outro que só fez like? Caramba, o decote merecia pelo menos uns 5 love, tenho de descascar mais isto."

"Esta foto teve 200 likes, nada mau. Já a outra teve 120 likes, 47 love, 23 yay e... quem foi o palhaço que fez haha? Mas está-se a rir de quê? Está a gozar comigo? Ou será que me acha piada? É melhor postar outra foto para tirar as dúvidas."

"Caramba, e agora como é que se avalia o sucesso da publicação? Maior número de likes? Os love valem por dois like, não? E os sad? Ou angry? Descontam pontos dos outros?"

Cá estão eles, todos fofos, prontos para aumentar a média dos 100 minutos por dia... e as depressões também.

12 novembro 2015

E se fosses comer mer**?

Calma. Não estou ofendida com ninguém. Nem estou a tentar ser ofensiva. Believe it or not, é mesmo um tema científico. E escatológico também. Claro que, se quiserem aproveitar, podem usar isto com alguém que considerem particularmente irritante e safarem-se com a desculpa "é para o teu bem". Só boas ideias que saem daqui. Tudo por vocês.

Mas vou então explicar melhor. Existe uma empresa que basicamente funciona como um "banco de fezes". Sim, é em tudo semelhante a um banco de sangue. O objectivo é fornecer material para transplantes fecais. Leram bem. Pegam em caca de um pessoa e transplantam para o intestino de outra. Xiiii, c'a nojo, blhacccc, oh rato, 'tás parva ou quê? Eu sei, desculpem, não é um tema muito bonito. E estes transplantes também não. Principalmente porque a maioria são feitos por colonoscopia. Mas tu queres parar com isso? Já te calavas! Esperem... vá, já existe uma alternativa. Dadas as dificuldades e desconforto do procedimento, agora a empresa desenvolveu um novo método... tcharan... cápsulas com fezes congeladas!! Hum, que tal? Melhorou ou não melhorou? É só meter uma destas para a boca e esperar que ela faça o percurso tradicional até chegar ao intestino! Um bocadito de água para ajudar a descer ( não vão querer que a cápsula vos fique presa na garganta, aposto) et voilá.

E as boas notícias? Para nós aqui, nada de especial. Mas quem mora perto da empresa (feel I'm goin' back to Massachusetts, trá lá lá...), pode candidatar-se a dador e ser bem pago por isso. A sério. O que origina a próxima boa ideia. Se algum dia quiserem dizer a alguém "não vales uma mer**", aqui está a vossa saída. Eu sei, eu sei. Não precisam de agradecer. Estou cá para isso.


Para não dizerem que aqui não se aprende nada, além do link, também vos dou uma breve explicação. Este é realmente o melhor tratamento para infecções por uma bactéria que provoca diarreias graves, e é responsável pela morte de muitos doentes. Além disso, é daquelas bactérias piores que o "malámen", resistentes à maioria dos antibióticos. Neste contexto, as fezes de dadores saudáveis são a melhor forma de recuperar a flora bacteriana boazinha, e absolutamente necessária, que vive alegremente no intestino e que foi dizimada pela outra parvalhona. Como podem ver, é um assunto sério, o que não invalida que  o slogan que me ocorre para esta empresa seja algo do género "precisamos de cagões!" Oops, desculpem. Pronto, já me calei.

10 novembro 2015

Futebol, política e religião

Se eu fosse uma pessoa prendada para essa coisa dos GIFs, teria acrescentado uma Nossa Senhora de Fátima a pairar ali no meio. E o Profeta Maomé a puxar-lhe o manto.
Porquê tocar apenas em dois pontos sensíveis, se se pode bater logo em três? Os tempos não andam famosos para desperdícios...

08 novembro 2015

Google, seu malandreco

Ai, ai, ai, então vais ofender assim nuestros hermanos, com uma tradução destas?
Só aqui entre nós os dois, eu até achei o nome original mais engraçado do que o erro. Porquê? Ora, não é mais estimulante poder usar a imaginação para segundos sentidos e interpretações, do que ver logo assim a piada toda escarrapachada?
Hum? Viste, viste? Grelo... estimulante... escarrapachada... Percebeste a ideia?
Não? Ppppffff, e ainda falam bem da inteligência artificial!

05 novembro 2015

Há os que tremem com picas e os que fazem tremer quem pica

Se vieram enganados pelo título e estão a pensar que vou dissertar aqui sobre algum tema de natureza badalhoca (ai essas cabecinhas...), podem já parar de ler. Vá, não digam que não sou amiga.

Há pessoas que têm problemas com agulhas. Era o caso da senhora que chegou hoje, antes de mim, ao laboratório de análises clínicas. Já entradota na idade (shiu, eu sei que não vou para nova, mas aquela já me levava um bom avanço), toda ela tremia enquanto entregava a requisição. "Ai, sabe, isto já tem um ano, eu não gosto nada de tirar sangue, depois só me lembro quando preciso de ir à médica novamente". A voz a falhar, o papel a tremelicar nas mãos, a resignação enquanto a técnica dizia "tenha calma, não vale a pena estar assim, a senhora tem aqui umas veias que são uma maravilha, não custa nada... pronto, já está!" E lá saiu ela, branca como a cal da parede, quase muda, passito apressado na ânsia de fugir dali.

Entro eu. Calma e serena, respondo ao sorriso da técnica com o meu próprio. Conversa de circunstância, ela tão calma e profissional. Fiel à minha história, sento-me e arregaço as duas mangas, expondo os dois braços. O sorriso dá lugar a uma ligeira expressão de interrogação. Respondo calmamente "deixo-a escolher". E começa o mesmo baile de sempre. Coloca garrote num braço, apalpa, franze o sobrolho, tira garrote, coloca no outro braço, apalpa, franze ainda mais o sobrolho. Por esta hora o sorriso já vai a milhas e começa a notar-se um ligeiro tremor. "Estas veias...".

Sim, as minhas veias. Já lhes chamaram muita coisa. "Fios de cabelo" e "bailarinas". Engraçado, combinam com a dona. Já lhes fizeram muita coisa também. Já mas colapsaram. Já mas atravessaram de um lado ao outro. Já as perderam a meio da colheita, obrigando a várias reviravoltas com a agulha para as voltar a encontrar. Já me deixaram braços completamente negros. Já tremeram e suaram durante o procedimento. Já foram buscar agulhas pediátricas. Uma boa colheita, para mim, traduz-se em sair de lá sem hematomas e apenas com uma marca de picada, mesmo que acompanhada pela forte dor no braço, que nunca ninguém conseguiu evitar.

Gostava muito de ser dadora de sangue. Mesmo. Só que não tenho o peso mínimo exigido. Até pode ser que, um dia destes, com algum jeitinho (e uma feijoada na véspera), consiga enganar o pessoal. Tirando isso, a minha dúvida consiste apenas no tipo de ataques que vou provocar nos técnicos ou nas horas que demorará a encher um simples saquinho, já que "baixo débito" é outro dos mimos que usam para descrever o meu sistema venoso. Nome por nome, mimo por mimo, sempre prefiro que me digam que tenho veia (de) bailarina. É que esse, pelo menos, eu posso encarar como um elogio.

03 novembro 2015

Passado, presente e futuro

Não te metas nisso, disse-me ele.
Porque não? Sabes que quero seguir investigação, este é o passo lógico, um dos únicos possíveis em Portugal, respondi eu.
Mesmo assim, não o faças. Acredita quando te digo que o doutoramento pode ser uma das maiores provas de resistência, física e psicológica, insistiu ele.
Está bem, está bem, vou pensar nisso, leia-se, não me apetece falar mais do assunto, eu fico na minha, tu na tua.

Raios te partam por teres razão. 

Na altura pareceu-me um exagero. Não havia assim tantos a seguir esse caminho, as histórias eram difíceis, mas não impossíveis. E com aquela ingenuidade que nos caracteriza, acreditamos sempre que connosco vai ser diferente. Somos especiais, claro. Vamos fazer tudo direitinho, somos fortes, prendados, e persistentes. Vamos ter sorte.
E até tive. Uma bolsa, um trabalho interessante. Resultados que apareceram, não de repente, mas com tempo e dedicação. Meses sem nada, a tal "resistência", posta à prova. Tudo feito nos 4 anos da praxe, mais um para a escrita da tese. Parecia perfeito. Mas já não era.
Temos de patentear os resultados.
Certo, parece-me bem, mas sendo assim não posso publicar. Nem ir a congressos. A faculdade aceita uma defesa sem publicações? E confidencial? Não, não aceita. Então temos de andar com isto. Patente, artigos, congressos, defesa.
Isso demora?

Demorou. Muito. Meses passaram a anos. Revisões de patente, revisões de artigos, advogados e referees para trás e para a frente. Apresentações em congressos. Simultaneamente, novos trabalhos, porque o dinheiro para comer também faz falta. Com a primeira parte resolvida, começam os problemas burocráticos. Após tanto tempo como se resolvem as questões da inscrição e defesa? Mais uns meses, requerimentos, advogados. Incredulidade de quem conhece a história e de quem não conhece também.
Mas tu ainda não desististe? Nem partiste a cara a ninguém? Eu já teria dado em maluco/a.
Sim, estou muito menos sã do que quando comecei. Aquela piada do significado de "PhD"? "Permanent head damage"? Sou eu, tal e qual. Mas desistir? Não me ocorreu. Criei resistência. Adaptei-me ao peso do problema. Continuei a insistir ei, lembram-se de mim? Quero resolver isto.

Anos depois, chegada aqui, a este momento, com data marcada, sinto-me estranha. Incrédula, talvez? Ou será apenas por já não saber caminhar sem esta pedra no bolso? E se depois ficar tão leve que qualquer aragem me deite abaixo?

Raios te partam por teres razão.

02 novembro 2015

LB, preciso da tua ajuda, por favor

Pelo andar da coisa, os C de cedilha vão conquistar o mundo. Linda, como neste caso o erro ultrapassa a simples cedilha, e provadas as tuas capacidades no "rasuramento com dedo", lembrei-me imediatamente de ti. Confesso que me provocou um bocadinho de urticária, e ainda ponderei se queria almoçar num local onde o pessoal descança, em vez de descansar. Mas as francesinhas em forno de lenha falaram mais alto. Ei, não me julguem, afinal, não passo de um rato.

Mesmo sem descanso, a comida que fazem é muito, muito boa.

28 outubro 2015

Azul para eles, rosa para elas

Não é propriamente recente, mas apesar de ainda não ter chegado a Portugal, já existe um comprimidinho azul para as senhoras. Só que não é azul, claro, é cor de rosinha. Para que não haja confusões nem trocas.

A realidade é que, apesar de por vezes ser referido como o "viagra feminino", pouco ou nada tem a ver com ele. Quer dizer, o resultado final pretende ser o mesmo, uma bela noite de ramboiada, com certeza. Mas o que se passa para lá chegar difere muito. Primeiro, o viagra tem um mecanismo que se pode considerar orientado (não pelo joystick, mas para ele), enquanto o addyi opera a sua "magia" na maior zona erógena que qualquer mulher possui, o seu cérebro (what else?), com todos os efeitos secundários e riscos que as medicações com efeito central acarretam. Segundo, precisa de ser tomado diariamente e só começa a fazer efeito 4 a 8 semanas depois, e é se fizer. Semanas, não minutos.
"Já fez efeito? E agora, jáaaa? É hoje, mulher?"
"Não, não, querido, só para a semana... do Natal."

Como se tudo isto não fosse já motivo suficiente para franzir o sobrolho ao raio do comprimido rosa, ainda tem a agravante de não poder ser misturado com álcool. Mesmo. A sério. A substância mais eficaz a derrubar problemas de libido (e pessoas também, no caso de ultrapassada a dose terapêutica de um ou dois copos) não pode ser ingerida com este tratamento. Ora, tendo em conta que o etanol actua em poucos minutos ou horas, mais uma vez parece-me que o addyi não é assim tão vantajoso. Aliás, a sua toma implica arriscar tonturas, convulsões, desmaios, náuseas e muitos outros efeitos adversos, potencialmente graves, para uma eficácia estimada de UMA relação sexual satisfatória POR MÊS (seriously???).

A somar ao que já disse, convém notar que esta medicação não é indicada (nem eficaz) para os problemas de libido feminina resultantes de:
- más notícias,
- stress no trabalho,
- parceiros que chamam a mãe de "mãezinha",
- parceiros que dão calinadas na gramática e/ou em diferentes situações sociais,
- parceiros que não conseguem afastar a mão do seu próprio material, quer seja a coçar, afagar ou apenas segurar,
- fraca higiene corporal,
- monocelhas ou outra qualquer manifestação do síndrome Tony Ramos,
- flatulência desmedida,
- flirt constante com outras mulheres, presencial ou online,
- palavrinhas cutxi cutxi e vozinha de bebé nos preliminares ou no decorrer do acto sexual,
- uso excessivo e descontrolado da língua,
- nudez parcial, constituída apenas por um par de meias,
- rotação rápida e repetida de ancas e cintura, em frente ao espelho ou à parceira, em estado de nudez, parcial ou total,
and so on, and so on...

Exposto isto, sou só eu que não vejo utilidade nenhuma a este medicamento?

20 outubro 2015

Urgente: lastro precisa-se

Em troca, ofereço o ninho perfeito que tenho na cabeça, ideal para passarinhos tresmalhados ou desalojados pela ventania. Se não tiverem lastro para ceder, uma guita e faço as vezes de um papagaio de papel. Qualquer uma das hipóteses ou as duas em simultâneo, não quero saber, desde que me permita permanecer junto ao chão. Obrigada.

Mas que raio de ventosga é esta agora, senhores??

19 outubro 2015

Blogue meu, blogue meu...

... há por aí mais pessoas como eu?

Por manigâncias do destino, nos últimos tempos tenho sido uma utilizadora (mais) frequente desse maravilhoso meio de transporte que são os comboios de Portugal. E tenho um problema... ou serão apenas dúvidas parvas que me assaltam, como é costume.

Primeiro, um pequeno segredo. Não sei se serei a única alma a quem isto acontece, mas enjoo no Alfa. Sim, uma viagem que teria tudo para ser confortável, converte-se numa tortura com a duração de 1h35. Nem consigo ler, sob pena de baptizar o livro. Então porque viajas tu no Alfa, mulher? Ora, pois, é uma boa questão. Costumo ir no Alfa e voltar no IC. Podia dizer-vos que era apenas uma questão de horários, mas não é. A verdade é que a pressa de ir e chegar é muita, a de voltar já nem tanto. Não sei porque será... ou sei, mas não vale a pena dizer-vos tudo, pois não? Sois pessoas inteligentes, podeis facilmente chegar a uma resposta.

Adiante. Não era para falar dos meus enjoos, daquele tom amarelado com que chego, ou a sensação de que a cabeça que me está presa aos ombros não me pertence. A minha principal questão são os bancos. Mas que raio de sádico inventou aquilo? Alguém me explica? Aquela curvatura, aquele suposto encosto, onde a minha cabeça deveria repousar e descansar... Sou só eu que fico com o pescoço dobrado para a frente? Que por mais que me esforce, não encontro maneira de apoiar confortavelmente a cabeça? Sou muito baixa para aqueles bancos? Muito alta? Muito marreca? Muito erecta? Olho à minha volta e parecem todos confortáveis. E eu ali só tenho uma hipótese. Enterrar-me no banco, de modo a conseguir apoiar a cabeça abaixo daquela curvatura dos infernos.

É assim que vou, amarela e infeliz, descaída no banco, a contar os minutos. Até sair do comboio e me esquecer de tudo.

15 outubro 2015

Love light

Está uma 'ssoa sossegadita na conversa com uns amigos, que até tinha em boa conta, quando um deles se lembra
"Olha para isto! Top! Parece mesmo um sabre do Star Wars!"
Poooiiisss... bem, realmente assim não se perde no escuro e com a quantidade de fãs de Star Wars que há por aí, quem sabe, talvez seja um produto com sucesso.

06 outubro 2015

O que interessa é o espírito pioneiro! Eeerrr, não é?

Portugal foi o primeiro e maior responsável pelos Descobrimentos!
Portugal foi o primeiro país europeu a abolir a pena de morte!

Portugal é o primeiro na zona euro a reeleger um governo que executou um programa da Troika.
...
Vai correr bem, o PR já os encarregou de encontrar uma "solução governativa". Fácil, fácil!

04 outubro 2015

Ser FAT

Não, não estou a falar de excesso de peso corporal (até porque acho que já vos disse que não sou um rato muito avantajado).
Neste Dia Mundial do Animal, falo antes de Famílias de Acolhimento Temporário. No meu caso, de gatos. A ponte entre o abandono ou os maus tratos e a adopção, por quem tem tanto ou mais a receber, do que aquilo que dá. Sim, porque eles dão tanto e pedem tão pouco em troca.

Olá, eu sou a Sci, e sou FAT.
Ok, descrever a minha pessoa como "Família" talvez seja uma hipérbole. Ou talvez não. Sou uma e só uma, mas encerro muitas dentro de mim. E não consigo ficar indiferente aos apelos e às histórias destes animais. O complicado é mesmo o "Temporário". Mas agarro-me ao que sinto por eles para tentar vencer essa barreira. A noção de que não sou EU, ou o que EU sinto, que importa, mas o que ELES precisam. Alguém que os resgate, os resguarde, os acarinhe, lhes dê segurança e lhes restaure a confiança no ser humano. Alguém capaz de provir não só as necessidades básicas, mas todas as outras também. Afecto, brincadeira, companhia. Até estarem fortes. Até os deixar partir. Abdicar do meu amor pela esperança de que alguém os vai amar tão bem ou melhor que eu. Alguém capaz de os fazer felizes e lhes dar o tempo e a atenção que eu não tenho para lhes dar em doses que considero suficientes.

Acabo por viver assim momentos agridoces, onde a tristeza da minha perda se mistura com a alegria de lhes adivinhar um final feliz. Dói, claro. É difícil. Mas sentir-me-ia pior sabendo-os sozinhos, assustados, ao frio, com fome, e não fazer nada por sentir receio da dor que a separação me trará. Tento concentrar-me apenas na alegria que a alegria deles me proporciona. Tento descansar a minha ansiedade até ter notícias da sua adaptação. Até os voltar a encontrar, felizes, com a sua nova família, desta vez definitiva.

Sou FAT. E uma FAT não chora. Ou não devia chorar. Mas ainda não sou suficientemente "graduada" para isso. Nem sei se algum dia serei. Choro, abraçada a quem me atura, no dia que o deixo ir, em busca do "viveram felizes para sempre". O meu pequeno tesouro e a sua nova família.

O meu pote de mel... que a vida seja sempre boa para ti.

01 outubro 2015

Como é que lhes terá dado para isto?

Uma agência funerária com o nome Boa Nova.
Um lar de idosos com o nome Eterno Paraíso.

Terá sido algum rasgo de inspiração mórbida, com um certo humor negro à mistura ou, apenas e só, parvoíce?

29 setembro 2015

Memofante

Passou um ano. Aproximadamente. Tu não te lembras, mas eu sim. Daquele primeiro encontro. Do dia em que a conversa se tornou audível, após tanto nonsense que fluiu por dois teclados, arrancando gargalhadas e reflexões. Pontos de vista comuns, outros tantos díspares.

No fim de Setembro, chegaste no meio de uma chuva torrencial. Mas só depois de estacionares numa rua que não era a certa. Ainda hoje não entendo a veia criativa com que seguiste as minhas indicações, mas fizeste-me rir. E sentir-me agradecida pelo chapéu que partilhaste comigo. Eu odeio chuva. Algo que não sabias, mas agora sabes. Como tantas outras coisas, mesmo aquelas que a tua memória não guarda. Como talvez não te lembres das primeiras perguntas, ou do que me disseste depois de conheceres a minha voz. Eu sim. Mas apenas porque tenho uma memória de elefante, para todo e qualquer tipo de pormenor, trivial ou não. Mas isso também já tu sabes. Eu não to deixo esquecer.

Ufa, esta já passou


Só espero que as próximas sejam menos difíceis, eeerrr... mais fáceis.

25 setembro 2015

Queres a resposta sincera ou a resposta de amigo?

Costuma ser a primeira coisa que nos sai boca fora, quando algum de nós se lembra de pedir uma opinião. É aquela brincadeira que antecede conselhos, questionando se esperamos um do outro a honestidade brutal, permitida pelos 18 anos de amizade, ou um suave dourar de pílula, quando apenas se pretende uns miminhos para dar alento.

Mas nas situações que envolvem opiniões relacionadas com questões de saúde, surgem-me as dúvidas. A resposta honesta será mesmo a de amigo? Ou é mais humano da minha parte aligeirar a verdade? Um ente querido, doente e fonte de preocupação. "Achas que é mesmo grave?" Fico ali embatucada. Ele tem noção que é mau, mas ainda assim, não tão mau como eu acho que é. Claro que a vida é feita de probabilidades, e o facto de haver riscos não quer dizer que estes se concretizem.

Neste cenário, dizemos o quê? Apontamos e evidenciamos a elevada probabilidade, uma espécie de preparação para o pior que pode nunca acontecer, ou deixamos ficar aquela suave esperança de que as coisas não estão tão mal como parecem? O que é que ajuda mais? Ou melhor dizendo, o que é que desajuda (isto existe?) menos?

24 setembro 2015

Rato e a sua grande boca

Quem nunca teve um daqueles deslizes de comentar qualquer coisa do género "mas eu sou preto, ou quê?" na proximidade de alguém que efectivamente o era, que atire a primeira pedra.

Nada? Pois, bem me parecia...

Então, já agora, venham de lá essas pedradas de quem nunca chegou à caixa de uma loja do chinês para pagar uma resma de lantejoulas que vai usar num fato de dança, e disse "depois de coser isto tudo até vou ficar com os olhos em bico!"

Ai, c'a brutos!!

23 setembro 2015

Sem floreados

Ao falar com o doente, é muito importante tentar garantir que este entenda o que lhe é explicado, quer em termos de doença, quer em termos de tratamento. E qual é a melhor forma de saber se a mensagem passou? É ver se ele a devolve pelas suas próprias palavras. Ora cá está, missão cumprida.

(não, esta nunca aconteceu comigo, "roubei" da net só para vocês)

18 setembro 2015

Sobre aquilo do segundo amor e afins

Era mesmo necessário um inquérito para perceber os motivos que levam as mulheres a trair? Foi assim uma surpresa tão grande que quase todas tivessem apontado a "falta de interesse do parceiro", assim como a "ausência de elogios e sedução"?

Parece tão básico mas, se calhar, não é. Ora, por muito confiante e independente que seja a mulher, se há coisa que quase todas gostam é de um bocadinho muito, de lisonja. Um "estás bonita" ou "esse vestido fica-te mesmo bem" são das coisas mais simples de se fazer. Se quiserem ir mais longe, demonstrar interesse no que ela diz e retribuir a conversa será ainda melhor. Acima de tudo, se o fazem com outras mulheres, menos desculpas têm para não o fazer com a vossa. Porque no fim do dia, é dela que esperam o sorriso, o ouvir/aturar das vossas maleitas e queixumes, e a iniciativa e/ou receptividade para a rambóia. Se ela vos faz sentir bem, por que não fazer o mesmo?

Se com isto estou a desculpar o comportamento de quem trai? Não. Atenção que também não o estou a julgar ou condenar. Cada um sabe de si (e os hackers sabem de todos). Pessoalmente, não o considero uma boa opção, independentemente das circunstâncias. Diálogo com a outra parte, sim. Quando mais nada resulta, addio, adieu, auf wiedersehehn, goodbye. E depois então, venha de lá a procura do segundo amor (ou do quinto, décimo, o que seja).

17 setembro 2015

Ainda é muito cedo para o Pai Natal?

E agora? Já? Ainda não? Demora muito?
Uma nova oportunidade para os menos afortunados (como euzinha) que falharam o NOS Alive

14 setembro 2015

07 setembro 2015

Já não tenho idade para isto

É sempre o primeiro pensamento que me ocorre quando, após um mês parada, regresso aos ensaios. O corpo a ganir, a pedir misericórdia, cãimbras nos pés, dores musculares, aquele momento em que nos arrastamos e pensamos não aguentar mais, enquanto ouvimos "vá, força, é a última". Nunca é. Qualquer bailarino vos diz que esta é a maior mentira que costuma ouvir, seja numa aula ou num ensaio. Aquela não é a última. Depois dessa, quando já nem humanos se sentem, virão mais duas ou três, no mínimo.

Se juntarmos a isso o cair da moeda, aquele tilintar que vos grita que, em menos de um mês estarão novamente num palco, então o desejo é apenas um, enrolarem-se num canto a chorar. É verdade, nunca nutri grande simpatia por actuações. Gosto de tudo o que as rodeia, os ensaios e a camaradagem, mas tenho dificuldades com o nervoso miudinho, as pernas a tremer e a descarga de emoções que se segue. Aquela sensação de fatalidade que se nos apresenta quando tentamos resumir horas e dias de trabalho em poucos minutos. Caso se perguntem, não, isso nunca desaparece, nem quando o fazemos numa base semanal. Mas aprendem-se técnicas, e a frequência reduz o impacto. Parece simples, não é? E até seria, não fosse a frequência nos últimos dois anos ter sido nula.

Nenhuma outra situação provoca tanto conflito no meu sistema fight or flight como esta. Estivesse eu livre das fortes dores musculares e do andar novo que as acompanha, e era ver-me a fugir, de braços no ar. Ou não. Porque sei que, no fundo, a sentir-me melhor ou pior, não tenho feitio para desistir, nem abandonar os que contam comigo. E daqui a umas semanas, ready or not, lá estarei, ansiosa por abraçar a sensação de superação que acompanha o fazer algo que nos assusta. Pronto, está bem, era bonito, mas honestamente, deverei estar mais ansiosa por ouvir a música chegar ao fim. Para aterrar (não literalmente, espero) no momento "pronto, pronto, já passou".

Bolas, já não tenho mesmo idade para isto.

03 setembro 2015

Esta conversa dava um post #1

Tenho dias que não me calo. Mesmo. Entro em modo bombardeiro e quanto mais parvo o conteúdo, melhor. As vítimas nem se apercebem do que lhes cai em cima. E depois há os masoquistas (como ele), que ainda incentivam...
...
[16:47:15] X: ai não?
[16:47:20] X: então vou-te desamigar :P
[16:47:44] Eu: então desamiga!
[16:52:56] X: dá muito trabalho
[16:53:00] X: :P
[16:57:23] Eu: ahh, claro, só por isso
[16:57:32] Eu: estás muito ocupado
[16:57:40] Eu: e daqui a 5 min já te esqueceste :p
[17:01:05] X: já me esqueci de quê? :P
[17:03:26] Eu: hã? oi? o quê?
[17:03:28] Eu: não sei :p
[17:03:32] Eu: isto é fixe
[17:03:48] Eu: todos os dias é como se estivesses a conhecer-me pela primeira vez
[17:04:03] Eu: e vêm para aí falar de formas de combater a rotina...
[17:04:11] Eu: alzheimer senhores, alzheimer!
[17:05:23] Eu: vá, pronto, isso não, só assim uma demência fraquinha... também não, vá, só uma amnésia anterógrada
[17:05:27] Eu: :p
[17:08:29] X: loool
[17:08:36] X: isso já foi abordado num filme :P
[17:08:52] Eu: em mais do que um até
[17:09:03] Eu: mas nunca com o propósito de quebrar a rotina numa relação
[17:09:10] Eu: isso já é ideia minha
[17:09:21] Eu: da minha autoria portanto
[17:09:27] Eu: da minha cabeça
[17:09:30] Eu: brilhante
[17:09:32] Eu: a ideia
[17:09:37] Eu: e a cabeça, dependendo dos dias
[17:09:47] Eu: e do creme que uso
[17:09:53] Eu: ou da maquilhagem
[17:10:09] Eu: isso
[17:10:49] Eu: outra ideia por exemplo
[17:10:56] Eu: há quem diga a minha vida dava um livro
[17:10:57] Eu: eu digo
[17:11:04] Eu: esta conversa dava um post
[17:11:11] X: loool
[17:11:31] X: go go :P
...
Era  falta de açúcar no sangue... nada temam, já passou.

01 setembro 2015

Quem quer ser famoso?

Pensem bem nisso... Uma das vantagens de ser um pelintra ou mero mortal é o facto das nossas fotografias dos anos 80 - 90 estarem bem guardadinhas, a sete chaves, em casa dos pais, ou até, quem sabe, já terem levado com chá de sumiço.

Ainda têm dúvidas?

31 agosto 2015

Eu, ele e os outros

Hoje revi um vídeo que me fez lembrar as discussões frequentes que tenho com um amigo. Não é um discutir no mau sentido, são apenas grandes conversas sobre diferentes pontos de vista. Um gladiar de argumentos que não nos leva a lado nenhum, mas nem por isso deixa de ser saudável.

O ponto onde mais vezes discordamos diz respeito à nossa forma de ver o mundo. Ou mais concretamente, o que podemos e devemos fazer relativamente aos que nos rodeiam. Eu sou da opinião que, por pouco que seja, vale sempre a pena fazer algo. Ele também não é daqueles que pensa que nada faz diferença e, portanto, nada vale o trabalho. A visão dele é um pouco mais complexa, e em certa medida, até lhe dou razão. Mas não consigo concordar totalmente. No que respeita a ajudar quem pouco ou nada tem, a visão dele é racional, a minha é acima de tudo emotiva. Ele defende que dar dinheiro ou comida a quem não os tem, não resolve o problema de base. Principalmente quando falamos de países subdesenvolvidos, é da opinião que isso não vai resolver a situação e apenas a prolonga no tempo. Que, sem educação e algo que realmente lhes motive uma mudança de vida, é como colocar um penso rápido numa amputação. Até percebo o argumento e ele, por sua vez, compreende que eu seja "madrinha" de uma criança indiana. Mas apenas porque o dinheiro não é atribuído directamente, e sim aplicado em educação e cuidados de saúde, algo que na perspectiva dos dois, pode fazer diferença a longo prazo.

Depois disto tudo até parece que estamos de acordo, não é? Não totalmente. Ele chega a aceitar esta acção, mas não aceita nenhuma das outras. E eu continuo a ouvir na minha cabeça as palavras de quem me fez as orelhas, eu sei que não resolvo nada por lhe dar isto, mas no momento que o recebe, ela sorri, e por poucos minutos que seja, a vida parece-lhe melhor.
É assim que nos calamos mutuamente... ele fala-me do futuro, eu respondo-lhe com o presente.

25 agosto 2015

Kryptonite

Um animal doente. 
Qualquer um tem esse poder, mas sendo próximo, patinhas que me tocaram e marcaram, o efeito é ainda mais dramático. Um abrir de comportas que está a ser difícil travar.

Podia ser de outra maneira? Não, não podia. Porque se fosse, não seria eu.

23 agosto 2015

Bittersweet feelings

"E não conseguiu dizer mais nada. Desatou de repente a soluçar. Entretanto, já se fizera de noite e eu já largara as minhas ferramentas. Queria lá bem saber do martelo, da porca, da sede e da morte. É que, numa certa estrela, num certo planeta, no meu planeta, na Terra, havia um principezinho para consolar. Peguei-lhe ao colo. Embalei-o. Fui-lhe dizendo: "A flor de que tu gostas não corre perigo nenhum... Eu desenho-lhe um açaime à tua ovelha... Eu desenho-te uma armadura para a tua flor... Eu..." Não sabia que mais lhe dizer. Sentia-me completamente desastrado. Não sabia como chegar até ele... É tão misterioso, o país das lágrimas!"

20 agosto 2015

Afinal, educar cães e humanos não é assim tão diferente

Aquela coisa de não premiar comportamentos que não gostamos e não queremos que se repitam?
Pois, quando uma pessoa tem atitudes estúpidas, o melhor remédio passa mesmo por ignorar. Silêncio e indiferença. Queres ser parvo? Brinca sozinho.
E resulta.

18 agosto 2015

Ares, deus da guerra ou como a guerra é causada por ares

Estou com um problema. Neste momento somos apenas dois no laboratório. Eu e ele. Sim, é aí que está o problema. É um ELE, o que significa guerra de...
...
...
... ar condicionado!
E não era necessário virem para aí com estudos como este, para afirmar o óbvio. É algo que todos conhecemos há uma data de anos, não um saber empírico, mas prático, de experiência feito.

Desta forma, andamos aqui numa espécie de dança das cadeiras, mas com o botão on/off da maquineta. Sempre que um de nós se distrai, pimba, lá está o outro com o dedo pronto. É um liga, desliga, liga, desliga, liga, desliga... de tal ordem que, se fosse com luzes, já eu estaria aqui a estrebuchar no chão com um ataque epiléptico.
Ah, e tal, mas então e dizeres alguma coisa, não era melhor? Era, pois era, se o homem em questão não fosse também o patrão. Não sei quanto a vocês, mas eu cá sinto-me um bocadinho mais inibida em fazer prevalecer a minha opinião neste assunto, até porque ele poderá sempre alegar que eu tenho a hipótese de vestir mais uma camisola (e um gorro, e umas luvas, e um casaco, e uma manta, e...). Já a ele, só lhe resta trabalhar em tronco nú, e nesse caso, seria a minha visão a sofrer.
Assim, cá fico eu, a aguentar, nariz a pingar, olhos ora a chorar, ora a sofrer com lentes arrepanhadas de tão secas, a espirrar desalmadamente. E podiam pensar que a cada espirro, ele se compadecia, e subia a temperatura, não era? Não. A única coisa que ganho são uns santinha! Ao que só me apetece responder santinha, o ca$#!%&, desliga mas é a m&#!% do ar condicionado!!!

Mas, como é óbvio, fico caladinha que nem um rato. Um de laboratório. Eu mesma, portanto.

17 agosto 2015

As traças são todas meninas

Só assim se explica que, numa pilha de camisolas de todas as cores do arco-íris, as vacas bichas só ferrem os dentinhos nas que apresentam tons de rosa, coral ou salmão. Quer dizer, por outro lado, o facto de não fazerem distinção entre estas cores é claramente um indício de influências masculinas... Enfim, seja como for, traças Maria rapazicus, ou param com essa brincadeira ou temos a burra nas couves. Continuem a destruir-me a minha roupinha preferida e vai haver mortos e feridos. Just saying.

07 agosto 2015

Ai é assim, é?

Está tudo a ir de férias, não é? Todos na boa vida e uma pessoa aqui sozinha, sem ninguém com quem brincar. Acham bonito, acham? Humpfffffffff!
Então prontoS, se é assim, eu vou também.

See ya**

06 agosto 2015

Embirrações #4

Pior do que aquelas almas que nunca usam os piscas, só mesmo aquelas que o fazem para a direita e depois viram à esquerda.

Daqui a nada começo a chamar a isto "embirrações automobilísticas", mas enfim...

03 agosto 2015

Pointless doubts #8

Disclaimer: tema escatológico (ou quase, vá).
A imagem seguinte não traduz a realidade, certo? Quer dizer, as senhoras não fazem isto, pois não?


Não, não me estou a referir ao acto em si, por muito que não se queira admitir, é uma necessidade fisiológica e transversal a ambos os sexos. Estou mesmo a falar das calças nos tornozelos. Não me digam que andei enganada estes anos todos...

30 julho 2015

Sabes que estás quase em Agosto...

... quando vais às compras e quase acreditas que aterraste em França.

Depois, ouves o belo do palavrão em português e voltas a situar-te.

29 julho 2015

Listen to me very carefully...

... I shall say this only once*


O mesmo é válido para furúnculos e afins, sim? Parem lá de me mostrar isso, por favor. Eu nem sequer trabalho numa farmácia há muitos e muitos anos... Fazemos assim, para toda e qualquer dúvida sobre medicamentos e pequenos desconfortos, que não impliquem a minha última refeição dar voltas no estômago, estejam à vontade. Mais do que isso, big no no.

*aahhh, o que eu gostava desta série...

28 julho 2015

Pimba numa vista

Estão a ver aquelas carrinhas com uns grandes espelhos laterais? Sabem, aqueles que saem quase meio metro para cada lado? E estão a ver uma carrinha dessas estacionada junto a um passeio?
Estão? Ainda bem para vocês. Eu não vi, e agora ainda vejo menos. Talvez amanhã já consiga ver melhor. Diz que o gelo ajuda. Vamos ver.

24 julho 2015

Privacidade ou preguiça?*

Eu sei que existem inúmeras diferenças entre a blogosfera e outros meios de interacção social, como por exemplo, o facebook. Mas a que me faz pensar muitas vezes, e hoje mais uma depois de ler este texto da  Linda Blue (a azul e tudo, combinação perfeita), é a questão dos haters.
Claro, haters gonna hate, toda a gente sabe, não há dúvidas nesse ponto. Nada nem ninguém é consensual, e independentemente do que se escreva, diga ou faça, vai haver sempre alguém pronto a criticar. Por si só, essa temática seria uma fonte inesgotável de considerações, logo não vamos entrar por aí. A minha questão hoje é outra. Não tanto sobre o conteúdo, mas sobre a forma. No facebook todas essas almas têm uma cara e um nome. Podem ser falsos, é certo, mas "existem" e deram-se ao trabalho de imaginar algo que as caracterizasse antes de prosseguirem à descaracterização alheia. Já aqui é muito raro isso acontecer. Nada, nicles. Será desejo de secretismo ou apenas preguiça? Ou porque aqui é permitido e lá não? Seja o que for, parece formar uma espécie de buraco negro, de onde nem um mísero nick escapa. Todos anónimos, difíceis de distinguir, no máximo com um número associado, o das horas a que despejaram veneno. Sem sexo, idade, cor ou credo. Todos iguais, um batalhão de clones do mal.

*Só para reforçar que isto se refere aos chamados haters e não a comentadores anónimos no geral.

23 julho 2015

Também é discriminação...

... pois que é. Eu pelo menos, digo que sim, e ainda levo com má cara ou uma resposta torta.
As situações seguintes passaram-se nas lojas de roupa X, Y e Z (não, não vou fazer publicidade, que não merecem, humpf).

Situação 1
Eu: boa tarde, já não tem nenhum XS?
Ela (com cara de enjoada a olhar para mim): temos, mas os XS não estão expostos porque não têm desconto.
?! Ah, quer dizer, se és magra, pagas mais por isso que ninguém te manda ser parva.

Situação 2
Eu: fica-me um bocadinho grande, não tem o número abaixo?
Ela (com ar de gozo e sorriso irónico): não, mas temos a secção de criança. São assim mais coloridas e tudo!
Claro, porque eu só tenho direito a andar folclórica ou em permanente tributo à causa gay.

Situação 3
Eu (calada que nem um rato, a circular pacatamente pela loja).
Ela (com ar de quem esconde um segredo): olhe, é melhor ir à secção Petite, aqui não há nada para si.
Eu (dirigindo-me para o local indicado, na esperança de encontrar aqueles mesmos modelos giros, mas no meu tamanho): obrigada!
Mas que raio, então mas os padrões e modelos aqui não têm nada a ver com os outros! A roupa era para mim, não para a minha avó... Bem podes andar um mono, o que é que interessa a roupa, és magra, não podes querer mais nada.

E é isto. E não me posso queixar porque ainda levo rosnadelas. Porque ninguém gosta nem simpatiza com problemas de gente magra. Aliás, isso nem sequer existe! Come e cala. Não, espera, esquece a parte do comer e aguenta mas é caladinha. Boca fechada, vá, assim como assim já deves estar habituada, não é? Não.

16 julho 2015

Era uma vez uma lagartixa... era, já não é

Um destes dias, apareceu no laboratório o que carinhosamente chamamos de "erro de casting". Não era murganho, nem wistar, nem drosophila, nem zebrafish, era apenas e só uma pequena lagartixa. Claramente equivocada e bastante desnorteada, criou o pânico para a maioria dos presentes. Entre gritaria e pés em cima das cadeiras, lá vai rato, com muita paciência, tentar levar a bichinha de volta ao seu habitat natural. Uma tarefa que se adivinhava difícil, entre gritos de "mata! mata!" e a desgraçada a fugir para todos os lados, menos para a porta da rua (serventia da casa). Nem pensar em matar o animal, coisinha pequena e frágil, algo confusa, cuja vontade de sair dali devia ser maior ainda do que a vontade de quem a queria ver lá fora. Munida de uma folha de papel apenas, e depois de vários mortais encarpados da desgraçada, lá consegui que saísse para o átrio.

Nisto, surge a empregada da limpeza que, ao observar as minhas tentativas esforçadas (e dignas de pena) de tentar conduzir a bicha, se oferece para a "varrer" e transportá-la confortavelmente na pá que carregava. "Ah, que boa ideia", respondi eu, aliviada e ali fiquei, de olhar embevecido, a ver a senhora já na rua poisar a pá para que a pequena lagartixa saísse finalmente em liberdade. Ainda a sorrir vi o momento em que pousou as patitas no chão. Já a parte em que a funcionária utilizou a mesma pá com que a libertou, para lhe esbordoar a tola sucessivas vezes, vi de olhos esbugalhados e sem tempo de esboçar sequer um ai. Volta ela, toda orgulhosa, e ouvindo-me balbuciar "mas, mas...", responde "não a ia matar cá dentro, não era? já viu a porcaria que eu ia ter de limpar?" Fim da história. Era uma vez uma lagartixa.

14 julho 2015

Isto não são só puzzles

Tenho uma tara por puzzles. Daquelas grandes, que me fazem perder a noção do tempo e do espaço, que consegue até mesmo superar a que tenho por livros. A expectativa de uma caixa cheia de pedaços desconexos, a certeza que vai acabar por fazer sentido. Começa pelo método, a separação, o estudo cuidadoso de diferenças subtis. A alegria de cada encaixe, algo que começa a ser construído, o caos que regride, pelas minhas mãos. O saber que a solução existe, que é possível, que está ao meu alcance. E que, apesar dos breves momentos de pânico, quando julgo não ter as peças necessárias para completar o quadro, no fim tudo se encaixa, tudo fica bem. Tenho uma tara por puzzles. E por respostas também.

Happiness in a box

13 julho 2015

O mundo divide-se entre...

... pessoas que ficam mais pálidas e imóveis que uma múmia egípcia e as que saltam como cabras montesas enquanto gesticulam e se agridem furiosamente, quando alguém lhes diz

tem calma, não te mexas, tens um bicho em cima de ti.

10 julho 2015

Imagina que és um desenho animado

Já não me lembro quem mo perguntou ou sequer o porquê. Sei que foi muito antes desta onde facebookiana do "que animal és", "se fosses uma cor, qual seria", ou até mesmo "que tipo de homem / mulher és" (já agora, se precisam de um teste do FB para responder a esta última, eu diria que são do tipo "estou mais perdido que um anão numa procissão").

Ora, independentemente do quem ou do porquê, lembro-me de pensar no assunto. Não porque considerasse essa definição importante para a minha vida (como aliás, nenhuma outra, já vos disse que não gosto de definições?), mas porque me dá para pensar antes de responder. Manias. Enfim, apesar disso, não foi difícil lá chegar.
É pequeno e desconexo. Voa de forma errática, a maior parte das vezes de cabeça para baixo. Não consegue estar quieto e bate constantemente contra diversos obstáculos. A sua linguagem é geralmente imperceptível, e são raros aqueles que o conseguem entender. Não tem muitas certezas, mas não desiste da busca pela sua identidade.

Woodstock, who else?

09 julho 2015

Aristogato

São raros os gatos que não se sentem atraídos por qualquer caixinha, caixa ou caixote, seja de plástico ou papelão. 
Este, julga-se demasiado fino para cartão, mas pela-se (literalmente) por uma boa e grande Samsonite.

Olhe, humana, já que não me leva consigo, tomei a liberdade de lhe deixar aqui uma camadinha generosa de pêlo para embelezar as suas roupas e mitigar a falta que lhe vou fazer. Eu sei, eu sei, não precisa de agradecer. Já agora, essas fotos são para a "Fuças", certo? Veja lá, não me envergonhe.

06 julho 2015

Momentos embaraçosos

Tenho muitos por onde escolher... mas este invade-me a memória sempre que penso em férias (todos os dias, portanto e principalmente agora). Uma vez que se trata de uma lembrança que ainda tem o poder de me corar as bochechas, é uma boa candidata a esta tentativa falhada de catarse.

Assim, há muito, muito tempo, voltei eu de umas longas férias num país tropical. Um mês lá fora, uma mala cheia de tralha, roupa enfiada às três pancadas, queria lá saber, já só chorava pela minha casinha, pelo meu país pacato onde não ouvisse tiros durante a noite, nem assistisse a assaltos à mão armada. Mais de 24 horas passadas entre aviões e aeroportos não me afectaram a alegria de chegar, ouvir a minha língua, de me sentir finalmente segura, de volta à civilização. Nem sequer o meu estado desgrenhado e nada fresco, exacerbado pelo banho de Coca-Cola que uma hospedeira assistente de bordo, comissária ou o raio do termo politicamente correcto, me tinha dado de forma tão prestável. Ou o facto de tresandar a rum, obséquio de uma garrafa partida na bagagem de mão. A alegria só começou a esmorecer enquanto esperava pela mala. Quando a passadeira parou e fiquei ali, com ar de cão abandonado, de patas mãos vazias. 

E começaram as diligências. Reclamações para aqui e para ali, lá informaram que eu tinha apanhado o voo de ligação, mas a mala não. A prova de que 4 rodas nem sempre são mais rápidas que 2 pés. "Não se preocupe, a mala chega já no próximo avião, são mais 2 horas, pode esperar." Esperei, e esperei. Ela lá chegou, bem depois da hora estimada. Mas não vinha bem, coitada. A viagem revelou-se fatal. Esventrada, com o conteúdo a espreitar, quiçá algum não teria mesmo ficado pelo caminho. Fo***, mas que m***, fo*** a p*** da mala toda! Segue para mais uma reclamação, mais um tempo de espera, porque não, já estava a considerar fazer da Portela a minha nova casa.

Resolvidos todos esses pormenores, preparo-me finalmente para sair, qual fénix renascida, em direcção às portas automáticas, por fim livre! Era, não era? Pois, não foi. Sem carneiragem para me proteger na saída, fui vítima do tédio do senhor da alfândega. "Então, não tem nada a declarar?". "Não, nada". "Mas vem de onde? Não é da Europa, pois não? Ahh, América Latina? Ponha aqui a malinha, ponha". Hein?? Ah, está a referir-se aos restos mortais da mala? Eu sei que estou com mau aspecto, cheiro a rum, e venho de um país que faz fronteira com a Colômbia, mas ar de janada?? Naquele instante achei que tinha atingido o expoente máximo da humilhação, e fosse a mala um bocadinho maior, e estivesse um bocadinho mais intacta, tentaria esconder-me lá dentro. Mais uma vez, estava enganada. Porque bonito mesmo foi a vistoria da dita, com o passar da minha roupa interior pelos mãos do funcionário, colocada no tapete e alguma no chão à volta, culminar com a chegada de um voo cheio, cujos passageiros por ali ficaram, curiosos com a situação, observando de perto a desgraçada com ar de pelintra, a tresandar a álcool, rodeada por lingerie elegante. Personagem essa que, 6h após aterrar, conseguiu finalmente rastejar para fora do aeroporto, em busca de um buraco onde se esconder.

02 julho 2015

Pointless doubts #7

Será que os condutores que estacionam a ocupar o lugar de dois padecem de algum tipo de disfunção dismórfica automobilística? Eu sei que tenho um Twingo, mas quando olho para ele vejo sempre um camião TIR...

29 junho 2015

Dois palcos, dois motivos de orgulho

Não, não fui eu que dancei. Quer dizer, também dancei qualquer coisita mas não num palco. Foi na alcatifa mesmo. Faz maravilhas pelas pernas, nem imaginam. Upa, upa. Mas já estou a divagar. O importante é que vi dançar muito. Dias diferentes, estilos diferentes, orgulhos vários. 

O orgulho de ver os professores e amigos serem consagrados campeões europeus.

O orgulho de ver a pequena sobrinha transformada numa grande bailarina.

Tanto orgulho junto, acabei mais inchada do que um pavão. E feliz, muito feliz. Em suma, um pavão podre de cansaço, ostentando o sorriso do gato de Cheshire.

26 junho 2015

A tradição tem as costas largas

Coitada da tradição, sempre a arcar com as culpas de tudo o que é acto de crueldade. Deve ser desagradável... mas... esperem, a tradição é um conceito, não sente dor nem medo, ao contrário da maioria dos seres vivos maltratados em nome dela.

Pois, as touradas em Portugal são "tradição".
Assim como, pelos vistos, é "tradição" queimar um gato vivo.
Sabem o que mais é "tradição" por esse mundo fora?
A mutilação genital feminina.
Os apedrejamentos públicos por determinado tipo de "crimes".
Até a inquisição e a escravatura já foram "tradição".
Podia continuar com os exemplos mas, infelizmente, a lista destas "tradições" é demasiado extensa.

Umas são aceitáveis e as outras não? Não aceito nem concordo com nenhuma. Todas elas são cruéis. Todas elas são praticadas sem o consentimento de ambas as partes envolvidas. Todas elas envolvem provocar dor e sofrimento a seres com capacidade de o sentirem. Humanos e não humanos. Ah e tal, mas os animais não são racionais? Não? Não sei qual será a definição usada para este argumento, mas "falta de racionalidade" poderia apenas ser mais um ponto em comum com os "humanos" que praticam essas "tradições".

(Não, não vou partilhar o vídeo das festas de Mourão. Não o vi e nem o quero ver. A verdade é que nem sequer consigo. O mesmo é válido para todos os outros que envolvam tortura e crueldade com um ser vivo senciente, Homo sapiens ou qualquer outra espécie).

19 junho 2015

Como começar o dia baralhada

Quando a funcionária da recepção do hotel nos pergunta "quer fazer o checkIN out?"
Eeeerrrrr... Say what?

16 junho 2015

O meu momento parurético

Paru quê?!?!
Parurético. Aquele que sofre de parurese. Sim? Não? Bexiga tímida, pah! Bolas, uma pessoa aqui a esforçar-se por usar termos bonitos (ia dizer pipis, mas dado o tema, não quero dar azo a interpretações literais) e vocês nada. Enfim, adiante.

Nunca pensei muito sobre o assunto, até porque, segundo parece, é mais frequente nos homens, e assim sendo não era uma preocupação dos meus belos caracóis. Até um famoso dia em Viena. A verdade é que não gosto muito de casas de banho públicas (há algum maluco que goste?!), fundamentalmente por questões de higiene, e vá, por alguma ausência de privacidade também. Mas apesar de tentar evitar as minhas excursões a tais sítios, há momentos na vida em que tem de ser, e o que tem de ser tem muita força.

Ora, a minha bexiga escolheu o cenário chique de um parque em Viena para me fazer um ultimato, ou vais ou passas aqui vergonha, e lá fui eu, pois que remédio. Como em quase todo o lado naquela cidade, o resolver destas aflições passa pelo pagamento de uma módica quantia, trocando-se o alívio por uma moedinha de 1€. Lá paguei. E assim que entrei, parei especada. No meio daquele enorme espaço, deserto, um homem de esfregona na mão, fazia tranquilamente a limpeza. Uma personagem saída de um filme de terror, uma espécie de corcunda de Notre Dame maléfico, sem um olho e uma enorme cicatriz na face. Ao ver-me ali parada, ladrou-me qualquer coisa em alemão, enquanto agitava a esfregona na minha direcção, e me fixava com o único olho. Pode ter sido um vá lá fazer o seu xixi, mas a mim soou-me mais a faça favor de entrar, eu prefiro assassiná-la quando estiver com as calças na mão. Ponderei as minhas hipóteses, agora eram duas as aflições, também já tinha pago para entrar, a minha última moeda, depois disto a única alternativa era um arbusto no jardim. Lá me enchi de coragem, isso ou o ver da esfregona agitada na minha direcção, que me levou a considerar estar mais segura atrás da porta fechada de um dos cubículos. Ali sentada, naquelas condições, discutia eu com a minha bexiga anda lá pah, estavas a rebentar, agora nada? E ela, está um homem muito creepy mesmo aqui ao nosso lado, desculpa lá se me recuso a trabalhar, sim? Estamos nesta troca de ideias quando, de repente, surge a esfregona por baixo da porta, tacteando todo o chão do cubículo, incluindo os meus próprios pés. Podia ter soltado um gritinho, podia, mas naquele momento todo o meu corpo se tornou tímido, incluindo a minha voz, que fugiu para parte incerta.

Moral da história? Fugi dali ao melhor estilo run for your life. Podiam considerar colocar um aviso alertando para o facto do pagamento ali se destinar não ao alívio, mas a uma mini-sessão numa casa de terror. Claro que, sendo em alemão, o resultado final para mim seria o mesmo. Run, Forrest, run.

12 junho 2015

#Distractinglysexy

Ainda a propósito do que escrevi ontem...
Mulheres cientistas reagiram por todo o lado às declarações do Nobel. Fizeram-no com fotos e vídeos delas próprias, nos laboratórios onde trabalham. Nos intervalos das suas crises de choradeira, e quando não se estavam a apaixonar por ninguém, claro.

Deixo aqui uma amostra.
Não, não vou colocar nenhuma foto minha no laboratório. Não vá o Tim ter razão e apaixonarem-se todos por mim. Eu sei, é difícil  resistir a tanto sex appeal. I'm too sexy for my lab coat.

Vídeo retirado daqui

11 junho 2015

Mulheres na Ciência não choram

Há opiniões e opiniões. Mentes tacanhas, mentes abertas, mentes brilhantes. Acreditava eu que seriam mutuamente exclusivos. Pelos vistos não são.

A prova está nas declarações de um homem da ciência. Mente aberta? 
Homem esse galardoado com um prémio Nobel. Mente brilhante? 
E que veio declarar que as mulheres causam problemas aos homens nos laboratórios. Porquê? Porque eles apaixonam-se por elas. Elas apaixonam-se por eles. Elas choram quando são criticadas. Este senhor defende que a existirem mulheres na ciência, deviam estar segregadas, isoladas em laboratórios sem homens. Ei, se todos os homens na ciência fossem assim, até eu concordaria com essa separação. Afinal, nenhuma mulher quer ter um troglodita apaixonado por si, certo? 

Bravo Tim, conseguiste provar que a idade das trevas pode subsistir na era científica. Ah, claro, e conseguiste ser despedido também. Vê pelo lado positivo, assim não precisas de aturar mais nenhuma mulher da ciência. Good for you.

05 junho 2015

Não sou fashion

Muito menos fashionista. Se isso me incomoda? Não, nadinha. Tenho os meus gostos e as minhas opiniões e não me sinto compelida a seguir tendências. Por outro lado, também não tenho absolutamente nada contra as tendências e os gostos dos outros, desde que estejam lavadinhos.

Mas há uma coisita que me faz uma certa confusão. Nomeadamente, aqueles deditos pendurados fora das sandálias ou peep toes. Nas crianças até percebo. Elas crescem rapidamente, de um dia para outro, é difícil acompanhar isso com calçado sempre à medida. Mas nos adultos surge-me a dúvida. Já compram um tamanho pequeno? O tamanho certo está esgotado e queriam mesmo, mesmo, mesmo muito aqueles sapatos? Foram picados por algum insecto que tenha provocado uma reacção alérgica e transformado o pé de princesa em pé de troll? Não percebo. Mas sinto pena daqueles deditos ali, sem abrigo, expulsos do que devia ser a sua casa, sem tecto nem chão. E no caso daquele calçado com plataforma, mais triste fico de os ver, pendurados no precipício, à beira do abismo, prestes a cometer suicídio e sem ninguém que os salve.

04 junho 2015

O karma sabe dançar

Há vários tipos de pessoas numa aula de dança. Os que se ajeitam, os que nem por isso mas fazem um esforço, e os que decididamente não nasceram para reencarnar o Fred Astaire, mas sim o Mike Tyson. E insistem, insistem, insistem. Podiam aceitar a sua condição pé de chumbo e dedicarem-se à pesca, mas nãoooo, isso nunca. Optam antes por massacrar quem tem a infelicidade de dançar com eles.

Ah e tal, que implicância, rato. É verdade, bem sei, não é bonito da minha parte este tipo de queixas. Eu até sou tranquila, a sério que sou, mas há qualquer coisa no facto de levar marretadas na cabeça de forma continuada, que me faz perder a razão. Provavelmente porque tais "carinhos", aplicados semanalmente, baralham o tico e o teco e provocam-lhes sede de sangue. Não passo uma semana sem unhas partidas, cotoveladas na testa com direito a hematoma, braços deslocados, ou um nariz vermelho e dorido. Volto a repetir, são aulas de dança. Não são artes marciais, nem defesa pessoal. E a pessoa que me aplica estes mimos (e às outras "sortudas" que lhe passam pelas mãos), tece sempre o mesmo tipo de comentários, "ah, não foi assim tão mau, o meu cotovelo mal sentiu o toque". Podia tentar explicar ao energúmeno que isso talvez se deva ao facto de ele ter menos terminações nervosas aí do que eu tenho nas zonas onde levo pancada, mas costumo estar distraída com as dores, a limpar sangue ou a fazer gelo, my bad.

Ontem, aproximei-me do carrasco, envergando já o meu melhor feitiozinho de merda que tal personagem me inspira. Ele mostra-me a mão, com um curativo, em sinal de "Não tocar". Oohh, tem dói-dói? Ai que pena! Dancemos então. Oops, acertei onde não devia? Oohh, mas não foi com força, não? Eu nem senti, não doeu de certeza. Vamos lá a parar com a mariquice, sim?

Karma is a bitch.

02 junho 2015

Não vamos ser literais, não?

Centro de laboratórios vocacionados para Drug research.
Visita surpresa da brigada cinotécnica.

Eeeerrrr, não. Aqui não trabalhamos com coisinhas que fazem rir, senhores agentes. E com grande pena nossa, mocas só com éter e CO2. Ou uma snifadela de clorofórmio de vez em quando. Os ares alucinados são mesmo resultado de meses a fio enfiados num laboratório, com poucos ou nenhuns resultados. Faz parte do pacote. Não, não é esse tipo de pacote. Pronto, cheirem lá à vontade. Cãozinhoooo lindoooo.

Embirrações #3

Duas faixas de rodagem praticamente desertas.
Um panhonhas a circular a menos de metade da velocidade legalmente permitida.
Na faixa da esquerda.

31 maio 2015

Voltas

Após ter estudado no local onde nasci e vivi, é agora que divido cada fim-de-semana entre duas cidades. Descanso menos? Sim, mas ainda vale muito a pena.

28 maio 2015

Em matéria de relações interpessoais...

... a minha escala de dedicação e atenção é baseada na escala Kelvin de temperatura. Não tem graus negativos, o mínimo é o zero absoluto.

27 maio 2015

O problema da publicidade

Engana. Na maioria das vezes, por excesso, mas também existem os casos por defeito ou omissão. Se nos primeiros, o prometido fica muito aquém da realidade, nos segundos, os resultados vão bem além da nossa imaginação.
Por exemplo, quando um rótulo de um hidratante corporal promete deixar a vossa "pele resplandecente". E pensam blá blá blá, quero lá saber, desde que hidrate... Aaahhhh, devia ter adivinhado que, cada vez que fosse para o sol, ficaria parecida com um vampiro da saga twilight, não devia? Pois.

A marca não é esta, mas pode aplicar-se a todas as que anunciam o mesmo. Qual resplandecente, digam que é cintilante mesmo. 
Assim evitavam enganos, e tinha poupado a vista de muita gente que se cruzou comigo hoje. E a minha própria também.

26 maio 2015

Pequenas coisas que só as mulheres entendem

Como aqueles momentos em que um cabelo caído resolve fazer do nosso decote a sua nova casa. E estamos a usar uma gola subida. Primeiro surge aquela pequena comichão, a sensação de que ali, bem no meio, se encontra algo que não devia estar. Uma olhadela em volta e, discretamente, uma espreitadela para o local em questão, a partir de cima, alargando a gola. Após a identificação do problema e a descoberta do intruso começa o verdadeiro auto-controlo. Soprar discretamente não funciona, é preciso ir lá com a mão. Mas uma senhora não levanta a camisola em público, e também não mete a mão pela gola abaixo e fica ali a escarafunchar. Aguenta o desconforto até estar em privado. Não seria bom se todos se comportassem assim no que às comichões concerne?

25 maio 2015

Dicas do rato (serviço público, só que não)

Este fim-de-semana ouvi 3 mães tristes e queixosas, sobre o facto das respectivas crias serem confundidas na rua por rebentos do sexo oposto. Aquela confusão de género tão frequente, "ah, que menino tão bonito", mesmo que a criança esteja vestida de rosa e flores da cabeça aos pés, ou "ah, que menina tão linda", mesmo que a indumentária envergada seja a de um pequeno marinheiro.

Até aqui tudo bem, essa coisa das meninas e meninos terem roupas ou brincadeiras distintas já é tãoooo século passado, sei lá, que sou totalmente a favor que se libertem desses estereótipos (pelos vistos a Zara e outras lojas que tal, também).

Então que solução sugeres tu, pequeno rato?
É muito simples, meus queridos eurekas. Primeiro, podeis estar calados, e não mentir, porque muitas vezes o pequeno bebé só é bonito aos olhos cansados por noites em branco dos papás.
Oh, mas nós gostamos de ser simpáticos!
Pronto, quereis ser simpáticos e não arriscar ser mordidos ou esquartejados por hormonas enfurecidas? Então, repeti comigo "oh, que bebé tão bonito!" Não menino, não menina, mas sim bebé. Ou criança. É ou não é simples?

Agora ide, vá, ide agraciar progenitores recentes por esse mundo fora.

Aaahh, pronto, acho que começo a entender a tal compulsão de ser simpática... 
Dá vontade de apertar e tudo (a criança, claro!)

21 maio 2015

Pantone cats

Curiosamente, na minha roupa preta são impossíveis de distinguir...

Embirrações #2

Aquela espécie de bipolaridade social (estou a inventar, sei lá eu se isto realmente existe ou não, mas pareceu-me um termo adequado para referir o comportamento que certas pessoas têm quando vos encontram). Falo daquelas alminhas que, ora vos cumprimentam, ora não. Dependendo não sei muito bem do quê. Do tempo chuvoso? Da companhia com que seguem, ou daquela que segue convosco, talvez? Do estado de espírito? Miopia selectiva? Seja o que for, origina uma curiosa dualidade de situações.

Dia 1: Oláaaaaaaaa!
Dia 2: ...

?!
... também para ti.

19 maio 2015

A ciência explica

Parece que todos temos um sistema nervoso entérico. Dito de outra forma, é o nosso "segundo cérebro", localizado no... intestino, nada mais, nada menos.

É uma informação bonita para explicar o chamado gut feeling. E as borboletas no estômago, ali tão perto. Mas acredito mais que consigam encontrar aqui a explicação para as atitudes de algumas pessoas (sim, essas mesmo, as atitudes de mer**). Ou para o que lhes sai quando abrem a boca.

("Oh rato, mas de vez em quando também dizes cada coisa..." Sim, eu sei e escusam de o repetir, eu própria tenho momentos em que este "cérebro" claramente se arma em "Alfa" cá do sítio. Boca fechada. Já me calei).

18 maio 2015

Ironias da vida de rato

Aquele momento em que o médico te aconselha umas proteínas "para dar uma ajudinha na força muscular" e tu não consegues abrir o frasco das mesmas...

14 maio 2015

Não acho nada bem

Fenómeno El Niño. Aquecimento das águas do Pacífico com efeitos nefastos para todo o planeta. Claro que, só por si, é motivo mais do que suficiente para eu não achar isto bem. Ficávamos por aqui, e seria um post sério e (pseudo)ambientalista.

O problema é que eu tenho dificuldades na parte do sério. E por esse motivo sinto-me compelida a continuar. Cá vai.
Mas que raio de ideia é essa de chamarem La Niña ao fenómeno oposto, o de arrefecimento intenso das águas? Porquê? Hum? Fala-se em frigidez e pensa-se logo no sexo feminino? Também existe, e muito, no sexo masculino, sabiam? Mau, vamos lá ter mais cuidado com as generalizações e difamações, se faz favor. Já bastam os problemas que isso causa no "clima".

12 maio 2015

A partir de amanhã vou ser, oficialmente, uma criminosa

É exaCtamente isso que leram. Não é uma situação óPtima, mas é o que se arranja aCtualmente.
Enquanto não sou presa, vou aproveitar para comer uma pÊra e tratar dos pÊlos, que estamos em Maio e, apesar de não ser Verão, já apetece praia. Ou usar uma mini-saia. 

Pointless doubts #6

Qual será a lógica que motiva algumas pessoas a lavar as mãos antes de ir ao WC, mas nunca depois?

Complexo de semi-cirurgião?

11 maio 2015

O lado B de "Estudos e mais estudos, brotam como cogumelos"

A pedido de várias famílias, eeerrr... na realidade foi só uma pessoa, eeeerrr... não foi bem um pedido, foi mais uma sugestão, eeeerrrr... se calhar nem isso, mas parte do diálogo foi da autoria involuntária dele, pronto.
Estava eu a dizer, então, que pode existir o outro lado desta coisa de relacionamentos destruídos pelo Blogger (na minha imaginação, claro, tomada pelo estado de parvoíce habitual).

Ele: Estive a ver a tua lista de blogues e acho que devíamos acabar.
Ela: Estás a brincar, não estás amorzinho? Eu sigo o teu!
Ele: Mas não comentas os meus posts! Só me queres pelo meu dinheiro!
Ela: Mas torrãozinho, tu nem és rico!
Ele: Pronto, lá estás tu com os defeitos! Só me usas para o sexo, que eu bem sei!
Ela: Ai que calúnia! Estás a chamar-me fútil? Sabes bem que te dou imenso valor! Nem vivia sem as tuas dicas de moda!
Ele: Por falar nisso, esse vestido faz-te parecer uma lontra! E a cor é totalmente errada para o teu tom de pele. Foste às compras com aquele outro blogger que andas sempre a comentar, não foi, não foi?
Ela: Oh quiduxo, claro que não, eu só tenho olhos para ti!
Ele: E muito mal maquilhados, por sinal! C'órror de cor é essa? E o creme para as olheiras que te dei, não usas, não?
Ela: Mas, mas...
Ele: É o que dá, só lês blogues com textos todos pipis e nada daqueles com dicas úteis de beleza. Para mim C-H-E-G-A!!
Ela: Então e darmos uma de despedida, está fora de questão?
...

08 maio 2015

Estudos e mais estudos, brotam como cogumelos

Todos os dias se assiste à divulgação de um novo estudo, dito científico, sobre os mais variados temas, e com diferentes graus de credibilidade. Este que venho falar não é original, mas ontem apareceu mais um a insistir no mesmo assunto, porque ainda não estava tudo dito.

Vamos então analisar o famoso estudo sobre as redes sociais e a destruição de relações amorosas. Não é novo, pois não, mas há lacunas que precisam de ser preenchidas, na minha humilde opinião que é a que interessa aqui. Falam do Facebook, falam do Twitter... Mas então e o Blogger, senhores?? Não tem direito também? Não é responsável pelo terminar de muitas relações? Eu cá acho que é, senão vejamos o pequeno exemplo que se segue (shiu, é da minha autoria, mas podia perfeitamente acontecer por essa blogosfera fora).

Ela: Está tudo terminado entre nós!
Ele: Mas... mas... então porquê, xuxuzinho?
Ela: Evitas de vir com falinhas mansas! Pensas que eu não sei? Eu bem vejo, é só comentários aos posts daquela lambisgóia!!
Ele: Amorzinho, mas de quem é que estás a falar?
Ela: Não disfarces, sabes bem de quem é que eu estou a falar! Aquela, a Fofamaisfofa!
Ele: Essa? Mas essa é a minha mãe!
Ela: Pois, pois, desculpas! Então e a aquela outra, hum? A Tratadebarbas?
Ele: Eeerrrr... esse é um homem...
Ela: Olha, não quero saber! Está tudo terminado na mesma!! Tu nunca comentas os meus posts!!!
Ele: Mas tu nem tens blog!!
Ela: Vês, vês?? Estás-me sempre a apontar defeitos! A-C-A-B-O-U!!
...

07 maio 2015

A Queima chegou à cidade

E se dúvidas houvesse, era só passar num hipermercado e observar a fauna estundantil esvaziar as prateleiras de bebidas como se de um oásis se tratasse. Bebidas e massa. Não percebo a ligação, mas que dá uns carrinhos de compras originais, isso dá. E agora com a ausência de sacos, dá também direito a espectáculos de malabarismo gratuitos.

Mas apesar de toda a confusão e da necessidade de tampões para os ouvidos que me assalta nesta semana, é quando me sinto mais parte desta cidade. E quando mais a sinto minha. Mesmo que os meus dias de estudante já se classifiquem como passado longínquo. Fico assim, feliz, contagiada pela energia que dela emana.

Sobre pequenas vitórias, orgulhos ou manias de Super Rato

Aquela sensação quentinha que nos abraça quando vemos o nosso nome citado como autor é muito boa, não digo que não, mas não se compara ao que nos atinge quando o que o precede é a palavra inventor
E pensava eu que a segunda vez já não teria impacto. Estava enganada.  

Peço desculpa pelo momento cagarola do dia, foi só um instante. Voltarei para a toca já de seguida, resumindo-me à minha insignificância.

06 maio 2015

Teorias (parvas) da conspiração

Nave espacial russa vai cair na terra. Não representa qualquer ameaça, dizem eles. Impossível estimar o local da queda... mas, deverá ocorrer no Pacífico, próximo da costa norte-americana. Hum...

05 maio 2015

Mais um desafio, desta vez Real

Não, não é um déjà vu. A ilustre Rainha convidou-me a dissertar e não se negam convites da realeza, menos ainda sendo um humilde rato como eu. No entanto, como também já fiz isto uma vez, vou aproveitar a deixa e saltar a parte dos factos sobre mim (respirem de alívio, vá). Por outro lado, foi sugerida a escolha entre dois conjuntos de perguntas e eu tenho problemas com escolhas, pois tenho, e já não há factos, pois não, por isso respondo a todas e não se fala mais do assunto (respiraram cedo demais, não foi?).

Cidade portuguesa preferida. "Eu tenho dois amores, que em nada são iguais"... Ou talvez sejam, pelo menos parecidos, segundo este artigoSão eles Coimbra (havia dúvidas?) e Lisboa.

Avião ou Barco? Ora depende, se interessar mais o destino, avião, se for pela viagem, barco (desde que não seja às Berlengas, que o meu historial aí não é bonito, não, não).

Peça preferida : Saia, calças ou vestido? Todos. Mas não em simultâneo, claro. A não ser que se trate de uma viagem prolongada, em companhias low cost. Nesse caso, vale tudo.

Se eu ganhasse o euromilhões... Esta está repetida, mas continuaria a gritar milagre da Santa Casa!

Salto alto ou raso? Há ocasiões para os dois, e não abdico de nenhum. Mas o dia-a-dia geralmente é vivido de rodinhas baixas.

Flor preferida. Margaridas e gerberas. E quando me dá a mania das grandezas, coroas de rei.

Fruta preferida. Manga (e cerejas, e... e... gosto muito de fruta no geral, pronto).

Humor ao acordar. Totalmente muda. É uma espécie de bom humor, mas silencioso.

Bebida preferida. Sex on the beach (com ou sem álcool... a bebida!).

O que gostavas mesmo, mesmo de experimentar. Experimentar é só o que eu faço na vida. Em todos os sentidos.

Ao reler este 1º round confirmei que não tenho mesmo grande queda para escolhas. Ou tenho mais olhos que barriga. Ou gosto de muita coisa. Ou apenas não gosto que me limitem. Ou adiante, vamos lá para o 2º round.

Como é que vieste aqui parar? Vim na carreira!

Onde é que achas que isto vai dar? Prognósticos só no fim do jogo?

Diz-me como te relacionas com a bicharada. Auf, auf, com os cães, miau, miau com os gatos e por aí fora. Desde que me conheço como gente sempre convivi com animais e não imagino a minha vida sem eles (excepção feita a alguns outros ratos de laboratório que olham para mim como se eu fosse um erro de casting).

Diz-me o que é que tens à cabeceira. Sou uma rameira dos livros. Era um diferente todas as semanas, de maneira que acabei por me render ao formato digital. Agora na cabeceira, só pó de vez em quando.

Qual foi o momento mais idiota da tua vida? A minha vida é uma sucessão deles, torna-se difícil escolher. Mas talvez aquele em que, lerda de cansaço, meti o carro em frente à garagem, saí para abrir o portão e em vez disso comecei a desapertar e a despir as calças. A minha cabeça vai muito à frente, naquele caso, já ia em casa.

Qual a tua técnica preferida para sair de cena? Virar-me de lado.

Quando precisas mesmo de ter tomates para enfrentar uma sit, o que é que fazes? Uso os meus. São assim mais para o verde, que os muito maduros esborracham-se todos.

Tens mesmo que desligar uma chamada de telemóvel, mas a outra pessoa, com quem não tens intimidade nenhuma, não se cala. Agora conta lá. "Sim?? Estou?? Não te ouço!! Está lá?? Pi..pi..pi..pi..."

Estás aflitinho/a para cagar em plena primeira vez com alguém. Agora desemerda-te. "Dá-me licença, acho que tenho qualquer coisa no olho."

Vai um touro a correr atrás de ti escadas acima. O que é que fazes? "Eh, touro lindo!" Ele sobe e eu desço.

Conta-nos tudo, não nos escondas nada. A mim dá-me miminhos, mas graxa não, a menos que seja azul. Se contar mais alguma coisa, não tarda nada, estou transformada num ábaco. Graxa não dou, os miminhos são quando menos se espera. 

E aqui está, Alteza, foi um prazer. 
Quanto ao resto do desafio, solicito novamente a isenção pelos motivos já apresentados.
(Deixo aqui referidas também a São e a Linda Porca, ilustres responsáveis pelo primeiro e segundo conjuntos de perguntas, respectivamente).