28 janeiro 2016

Uma pequena nota sobre isto de ser mulher

Ou melhor, uma palavrinha. Cinco letrinhas apenas (e muitos pontos de exclamação).

P-O-R-R-A!!!!!!

Ah e tal, isso da depilação a laser não dói nada... Não dói? Não dói?! NÃO DÓI???
Não dói os TOMATES!!!

E não me digam que sou fraquinha. Ou digam, pronto. Se calhar sou, mas a minha tolerância à dor nunca me deixou ficar mal, nem quando fui cosida quase a seco, nas endoscopias, a partir a boca toda contra metal, na tatuagem, ou até mesmo a dançar com uma lesão que deixaria muitos a chorar pela mamã, e sempre de sorriso no rosto! Agora isto? IRRA!!!

Estou um bocadinho alterada? Pois, é capaz. Pode ser do cheiro a porco queimado. Uma musiquinha talvez ajude... deixa cá ver, algo apropriado... sim, sim, aquela dos Kings of Leon. Aquela, da cena... do coiso... on fire.

Vou ali besuntar-me em Biafine e já volto. Ouch.

27 janeiro 2016

Pelo superior interesse

Parece um daqueles mantras que se repete até à exaustão, mas nunca se sabe bem o que significa ou o que vale em termos práticos. Mas isso não interessa nada, certo? Senão vejamos, o "mantra" do "superior interesse dos menores" foi usado em 2013/2014 para a proposta da coadopção e é agora usado novamente para a de adopção. Para casais do mesmo sexo, claro (eu sei que sabem, mas podiam ter estado noutro planeta nos últimos tempos). O mesmo mantra para duas situações que o próprio PR considera muito diferentes

"13 – Ora, e contrariamente ao que sucedia no caso da coadoção, o Decreto em apreço introduz uma alteração radical e muito profunda no nosso ordenamento jurídico(...)"

Ao contrário da coadopção. É o que ele diz. Seguido por introduzir uma alteração radical e profunda. Coisa que a outra não introduzia, portanto.

Ahh, então a coadopção é legal em Portugal? Não. Talvez não se recordem, talvez tenham sido bombardeados com todas as notícias sobre a aprovação pelo Parlamento e blá blá blá. Mas não. Uma só aprovação pelo Parlamento não faz uma lei. É todo um processo que envolve aprovações na generalidade, na especialidade e uma votação global, até à promulgação. Mas depois daquela primeira aprovação, muitas vezes se esquece o resto. E o processo para legalizar a coadopção nunca foi concluído. Meses e meses de discussão e levou com um chumbo na especialidade. Se ainda não acreditam, o PR mais uma vez, esclarece

"11 – Assim, por exemplo, no decurso da anterior legislatura foi iniciado o procedimento legislativo relativo à co adoção, o qual envolveu perto de vinte audições de associações e especialistas, não tendo sido concluído o referido processo."

Não foi concluído, realmente, porque os que votaram contra invocaram o "superior interesse da criança". Mesmo que aquela proposta se limitasse apenas à adopção pelo cônjuge relativamente a laços paternais pré-existentes. Sim, porque um casal homossexual pode ter filhos, pasme-se. Um dos membros, pelo menos. Aos olhos da lei, claro. Mas não queira o deus destas pessoas, que esse pai ou mãe "legal" tenha a infelicidade de morrer. Porque num caso desses, o outro, que para todos os efeitos era pai ou mãe "ilegal" daquela criança, não pode fazer nada. Nicles. Mesmo que o tenha criado e educado, meses ou anos, e que exista entre ambos uma relação que proporcione uma estabilidade emocional perfeita. 
Atenção, o "superior interesse da criança" não foi usado para evitar que ela fosse educada por um casal homossexual. Provavelmente com grande pena dos que votaram contra, eles não possuem esse poder. Porque há famílias assim. Há lares onde isso acontece. É a vida. Real. Não, o "superior interesse" apenas evitou que, em caso de calamidade, houvesse uma protecção mais efectiva destes menores. 
É por isso que, discussões de opinião à parte, aquele argumento já não (me) serve. À semelhança das palavras que, ao serem repetidas muitas vezes e muito rapidamente, deixam de fazer sentido. Perdem o significado. Já para não falar de coerência. Essa, fugiu para parte incerta. Emigrou.

26 janeiro 2016

Mais uma sobre perspectivas

A propósito deste post do Jedi, ocorreu-me uma adenda de crucial importância para a humanidade.

Ninguém quer ter negativa num exame...
... a menos que seja o exame de doenças venéreas.

25 janeiro 2016

Combinação de talentos

É isto que se obtém quando se conjugam aulas de anatomofisiologia e patologia, com um talento nato para o desenho. Podiam perfeitamente ser os meus apontamentos... as capacidades ilustrativas são iguais.

Isto sim, teria sido material de apoio de qualidade... 

20 janeiro 2016

Ou muito me engano...

... ou este médico vai ser responsável por levar à falência o negócio das maçãs na Big Apple. Just saying.

One apple a day keeps the doctor away? Screw the fruit.

Que ar tão saudável. Será contagioso?

(Com vocês, o momento parvo da semana, patrocinado por Royal Gala. A culpa é dos pesticidas.)

17 janeiro 2016

Mamma Mia

Gostei. Não tanto como do Cats, mas enfim, esse tem mais dança, e no meu caso, fica tudo dito.
Ainda assim, a apreciação global foi bastante positiva, com a tarde marcada por dois pontos altos. O primeiro resultante dos sorrisos e cantarolar da plateia, juntamente com o soltar da franga de muitos dos elementos masculinos presentes (oh yeah, shake it, baby!!). O segundo, aquele momento pele de galinha no the winner takes it all. Arrepiadinha até aos ossos. E não foi do frio. Bolas, que a mulher canta.

14 janeiro 2016

Oh, my hero

Ou, neste caso, heroes.

A minha viatura andava ligeiramente porquita por dentro. Um bocadito só. Quase nada. Pronto, está bem, a verdade é que já estava mais do que na hora de levar uma valente limpeza. E assim, fui ter com os 3 marmanjos que me tratam do assunto. Ehh bruta, logo 3? Ei, ei, então, é só porque é mais rápido. Além disso, eles tratam muito bem dela, ? A dona é que não costuma achar muita piada aos olhares e comentários de que é alvo. Mas enfim, pelo menos não são os tradicionais piropos das obras e aguenta-se quase tudo pelo cheirinho a lavado.

Estava eu à espera, mantendo a distância de segurança mínima para conforto dos meus ouvidos, quando um deles me grita "olhe, por acaso tem alguma aranha de estimação?". Penso que já referi várias vezes o que sinto em relação a aranhas, particularmente as que me aparecem no carro. Depois de uma ou duas batidas de coração falhadas, lá balbuciei "eeerrr, não... porquê?". Ao que um deles responde, fazendo-me sinal com a mão para me aproximar "bem, há quem goste de tarântulas e esta não anda longe disso, queria só confirmar... olhe ali". Congelei, ao ver a bicha confortavelmente instalada entre o banco do passageiro e a porta. E assim perdi toda a minha postura quando, com a voz a tremelicar, branca de susto e a um pequeno passo de saltar para o colo de um deles, disse "façam qualquer coisa, matem-na, aspirem-na, afoguem-na, mas não ma deixem aí dentro, por favooooor!".

Num belo exemplo de trabalho de equipa, lá me expulsaram a invasora. A partir de hoje são os meus heróis. Sim, porque um deles comentava, "já pensou o que acontecia se fosse a conduzir e ela começasse a passear perto de si?". Já. Morria.

13 janeiro 2016

Perfeccionista, eu?

De acordo com este estudo científico, parece que sou. Então rato, não nos digas que tens a mania de roer as unhas! Nop. Isso era demasiado banal. Se é para ser estranha, então que seja em grande. O que eu faço é mexer no cabelo. Muito. Ao ponto de o ir arrancando. Bastante. Em particular aqueles cabelitos fora do sítio. É a morte do(s) herói(s). Será isso que me rotula como perfeccionista?

A ser verdade, sou assim desde que nasci. Literalmente. Um bebé a arrancar cabelo, estás a gozar? Não. Estou a falar a sério.  Eu tinha um cobertor. Esse cobertor tinha pêlo. Esse pêlo era quentinho. E onde ele ficava mesmo bem era entre o meu nariz e a minha chupeta. Sempre devo ter sido friorenta, sei lá. Mas com poucos meses, arrancava o pêlo do cobertor e enfeitava o meu buço com ele, o que provocava síncopes nervosas nos meus progenitores. Até ao dia em que me retiraram o cobertor. Ai que ela ainda asfixia. Grande erro. A determinação era grande já nessa altura. E sem cobertor, virei-me para a fonte de pêlo mais à mão. Adivinharam. O meu cabelo. Se era desconcertante encontrar a filha com um bigodito de pêlo, imaginem o ataque de nervos quando me encontraram nos mesmos preparos, mas com origem na minha pilosidade. O cobertor voltou às minhas mãos em menos de um ai.

Sou então perfeccionista? Eu diria antes, um bocadinho estranha ou até mesmo esquisita. Mas sim, também sou perfeccionista. Apenas não me identifico com o resto dos atributos que associam a essa característica. Impaciente? Tirando o facto de ter vindo cá para fora com 7 meses, acho que não. Sinto frustração com facilidade? Nem por isso. Aliás, nada mesmo. Insatisfeita? Aí depende. Sou muito grata por todas as pessoas na minha vida. E aprecio muito tudo o que tenho. Se a insatisfação estiver relacionada com o querer fazer mais, querer viver mais, querer experimentar mais, estar constantemente a desafiar-me, então talvez seja. Eu chamo-lhe síndrome do bichinho carpinteiro. Por último, também não é fácil para mim sentir tédio. Há sempre algo para me fascinar. Em que pensar. Com que me entreter.

Portanto, é apenas mais um estudo para me dizer que não me enquadro. Que sou atípica. Tão típico.

11 janeiro 2016

Estás um bocadinho desorientada, filha

Sabes aquela coisa que se ensina na escola... ai, como é que se chama, aquela disciplina... eeeerrrr... Geografia? Não estás a ver? Não? Oh sua marota, o que andavas tu a fazer durante essas aulas, hã? Estás a ver a falta que te fizeram hoje? Pois, vai lá rever isso, vai.


Cenário causado pelas descargas da barragem da Aguieira... errr, ai c'a estúpida, queria dizer Alqueva, claro... então, é no Guadiana!

07 janeiro 2016

O bem e o mal

Se me restassem dúvidas, que qualificar uma acção como boa ou má depende sempre da perspectiva, elas teriam sido definitivamente esclarecidas. Trânsito caótico da hora de ponta, chuva chata e deprimente, filas intermináveis. Deixo passar um condutor, cedendo-lhe o meu lugar. Andamos uns metros e, por sua vez, ele oferece uma traseira nova ao carro da frente.

Toda uma cadeia de boas acções que ali se estava a preparar, não fosse eu pôr travão na situação. Mesmo. Já tinha oferecido a passagem, não lhe ia dar também uma retaguarda melhorada, não?
Uma boa acção por pessoa, por dia. Temos de ser uns para os outros, e é para dar para todos.

04 janeiro 2016

All good things...

Ora pois, acabaram-se as férias, com grande pena minha.
O descanso. Os passeios. As horas e horas de ronha. Na cama. No sofá. Os programas com amigos. Os programas só os dois. Os mimos, os olhares, as gargalhadas. Namorar. E namorar mais um bocadinho. E... mais um bocadinho ainda. Eu e ele. Chocolates. As conversas. Beijos e abraços. Dormir, dormir, dormir. Mantas e gatinhos.
Tão, mas tão bom.

"O meu vizinho é Judeu"
"Portátil" - Porta dos Fundos
Happy New Year!!
ÓooLeonildeeeee...

E é precisamente assim, BOM, MAS BOM, que desejo que este ano seja para todos. Principalmente os que me lêem e/ou aturam, vocês merecem o céu. Ou uma consulta de neurologia, depende do ponto de vista. Enfim, um bom e feliz 2016, mas é.

Aaaah, já me esquecia, também dizem as más-línguas que amanhã fico mais velha. Só para as calar, eu cá não perco juventude, eu ganho idade, e parecendo que não, isso faz toda a diferença, entendido? Pronto, ainda bem que ficou esclarecido.