21 setembro 2016

Não sou a favor da violência, mas...

... ontem, se tivesse um taco de baseball comigo, era menina para o ter usado.

Rato segue na sua viatura, descansadita da vida. Nisto, e ao passar por um entroncamento com um pequeno beco, surge assim do nada uma espécie de pinscher, com ar de quem lhe deu nas metanfetaminas, que atravessa a estrada feito louco. Meto o pé ao travão com toda a força. Chiadeira de pneus, quatro piscas automaticamente ligados pela violência da manobra, cabeça a fazer a típica vénia do sr. doutor. Ainda a tentar perceber o que aconteceu, com a respiração e batimentos cardíacos de quem está prestes a sofrer um ataque, engato a primeira e mesmo antes de arrancar, pequeno cão tresloucado faz o mesmo em sentido contrário. Olho para o lado e vislumbro a dona, calmamente agarrada ao seu telemóvel, que depois do aparato todo, apenas se digna a levantar um olho para mim e retorna toda a sua atenção ao ecrã. Nem um "anda cá Bobby", um "desculpe" ou um "ai jesus, o meu cão". Nada de nada. Estou convencida que, se por azar do destino (ou por falha do meu spider-sense), eu tivesse magoado o canito, ia ficar muito mais desgostosa e abalada do que a própria dona.

Aventesma.

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