28 junho 2016

Quem canta seus monstros espanta

Que a menina aqui tinha noites de gritar e chorar a dormir, já eu sabia. Não porque me lembre de todos os pesadelos (thank god!), mas a cara molhada ao acordar não costuma deixar dúvidas.

Agora o que eu não sabia é que a menina aqui também tinha noites de cantoria. Há os que cantam no chuveiro... e há os que cantam a dormir. Como se ainda restassem dúvidas da qualidade dos meus parafusos. Uma coisa é certa. Enquanto me dá para a música, não me dá para chorar. Por mim, óptimo. E acho que o gajo também prefere as melodias desafinadas do que gritos. Não há sonhos maus que resistam, nem os meus, nem os dele. Pelo contrário, ganhamos umas quantas gargalhadas.

Pronto, eu envergonho-me sozinha... caso algum dia tivesses a ideia de usar isto como chantagem, nhã nhã nhã nhã!

21 junho 2016

Well done guys

No decorrer do ano que passei ao balcão de uma farmácia, a realidade das (muitas) pessoas que não podiam pagar os medicamentos foi das que mais me custou. E foi também a que mais desconhecia. Sim, ouvimos falar dos que tentam comprar medicamentos sem receita, dos que descarregam problemas e frustrações no farmacêutico de serviço, dos que não querem ouvir conselhos, dos que apenas precisam de alguém que os ouça. Mas ninguém nos diz que vamos ouvir muitas vezes "desta receita só posso levar este" ou "só tenho aqui €, veja lá se dá para levar uma caixa destes", e por aí fora. Não foi uma, nem duas, foram demasiadas vezes. Imagino que cada um depois reagisse à sua maneira. De acordo com os seus valores. Alguns motivados pela ideologia e ética associadas à profissão, outros apenas por simpatia pessoal, outros ainda por empatia ou compaixão generalizada. Claro que não estou a incluir os que olhavam para o lado e nada faziam. Não por acreditar que não os haja (infelizmente já não consigo ter esse nível de confiança na humanidade), mas porque tive a sorte de trabalhar com pessoas decentes. Muito decentes. E assim, entre nós, muitos medicamentos foram pagos a quem não o podia fazer.

Por tudo isto, só posso nutrir a mais profunda admiração e simpatia por iniciativas como esta, e acredito que ideias assim têm potencial para fazer a diferença. Porque mais podem ajudar mais. E a dividir por todos custa menos.

16 junho 2016

Palminhas para Portugal

Temos muitos defeitos, sim. E muitos problemas. Ó se temos. Mas também fazemos algumas coisas boas, e não é só a nível de bola (que errrrrr... enfim, vamos ver como é que isto corre...)

Esta notícia já não é novinha em folha. Foram inúmeras as publicações sobre a mesma, quer nacionais, quer estrangeiras. Cada uma delas com direito a um rol de comentadores de sofá, como já é da praxe. E apesar de me faltar paciência para caixas de comentários que mais parecem caixas de areia de gato (o que lá vai parar é mais ou menos o mesmo), tive curiosidade de ver se existiriam diferenças entre a opinião dos "nossos" e dos "outros".

Assim, no geral, os portugueses aproveitaram a notícia para se queixarem do preço da electricidade, para se lamentarem de quanto nos vai custar toda esta inovação, para desenvolver algumas teorias da conspiração e afirmarem que tudo não passou de uma grande mentira. Os outros... bem, os que não estavam a elogiar ou a discutir formas de implementar estas medidas em mais países, estavam entretidos em fazer rir a malta. Entre as queixinhas e o humor, eu escolho sempre o último.

"Isn't it strange that evolution would give us a sense of humor?"

14 junho 2016

Quero voltar para a ilha

Uma semana de descanso.
Uma viagem há muito desejada.
Um destino para lavar as vistas. 

Baterias recarregadas até às férias do Verão. Só não demorem muito a chegar, sim?