03 novembro 2016

Acho que esta não chega a Nobel da Literatura

Vinha de manhã no carro, rádio ligado, quando os meus ouvidos foram presenteados com esta música.
Para começar, parece haver ali uma certa batida de kizomba. Ora, eu não amo o estilo. Só muito raramente, para dançar, e mesmo nesses casos, dou preferência às que são apenas instrumentais. As outras costumam ter letras tão... como dizer... totós, que dou por mim a rir no meio da pista, o que acredito ser algo estranho (e quiçá, desagradável) para quem dança comigo.

Mas adiante. Ignorando a batida, a letra em si tem muito que se lhe diga. Ou melhor dizendo, tem pouco, quase nada mesmo. Dialeto, parece que é isso. E na minha cabeça até faz algum sentido, já que dificilmente lhe vejo algo de português ou qualquer outra língua oficial. Podia analisar com pormenor todos os "versos" (que não são muitos, não sei se já disse), mas fico-me apenas pelo refrão, em particular o "Vai, vai, vai, cai, cai e outras Bye Bye Bye". Eerrr... preciso mesmo de continuar? Não, pois não?

Mas sim, mas sim, continuemos. A juntar à batida e à letra, aparece de forma constante um efeito sonoro. Efeito esse que, acredito piamente, corresponde a um daqueles apitos de caça. Para chamar patos ou gansos, ou o camandro. Mas porque raio havia alguém de usar a música para atrair patos?? Hum... será uma maneira disfarçada de chamar algo a quem gasta dinheiro com isto? E aquela vozinha lá pelo meio, claramente resultante de umas inalações de hélio? Mais uma vez, será alguma indirecta ao que é necessário fazer para se apreciar a música? Concluindo e baralhando, acho que a primeira linha resume todo o meu sentimento em relação a isto. "Eu não percebo".