Depois de umas férias, o regresso ao ritmo de ensaios e noites sociais é mais traumático que a recuperação de uma pequena cirurgia. É o adeus às horas a dançar sem o mínimo esforço. São as boas-vindas às cãimbras em distintas e variadas zonas do corpo, à respiração "sopra as velinhas", ao arrastar de pés na primeira música, à vingança cruel dos nossos outrora "sapatinhos de dança" (
my preciousssss) que parecem querer castigar-nos pela ausência.
Alheios a esta realidade, provavelmente enganados pelo nosso
ar desgrenhado e asmático sorriso e olhar impávido e sereno, continuam a
arrastar-nos convidar-nos para dançar, sem pausas. E entra então a imaginação (qual seria a piada de admitir que nos sentimos com a ligeireza da Popota e não aguentamos mais), pondo em prática técnicas de evasão que podem ir do mais sofisticado ao mais... como dizer, assim... estúpido.
Por isso, se virem uma mulher que no fim de cada dança corre para o WC ou para o bar, não, ela provavelmente não é incontinente, nem está com problemas intestinais, nem é alcoólica, nem tem muitaaaaa sede. Está apenas e só a fugir de vocês, ok?
Só para o caso de não terem percebido a língua de fora, o tom vermelho tomate, os esgares de dor, a forma como se arrastam para fora da pista, o olhar desesperado e esgazeado para qualquer banquinho ou a expressão de puro deleite quando o seu corpo finalmente entra em contacto com uma dessas invenções divinas.
Técnicas de evasão...looooool
ResponderEliminarFazem parte do manual de sobrevivência de qualquer bailarino ;)
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