18 março 2015

A mulher (quase) invisível

Aqui no edifício onde trabalho existe uma recepcionista pequenina como a sardinha. Não é exagero, não*. Além de miudinha, tem uma daquelas vozinhas a condizer, parece um trinado, daqueles baixinhos. O que a torna quase invisível. É que nem vê-la, nem ouvi-la. E para ajudar à festa, o balcão e a cadeira onde se esconde são enormes. Algumas vezes aproveito as minhas pausas sentadinha no sofá em frente para ir apreciando o espectáculo. Dos que chegam e ficam ali, à procura de alguém, a espreitar, enquanto ela sorri e cumprimenta, e permanece sem ser vista. Alguns chegam a desistir. Mesmo que ela opte por dar uns pulinhos, o máximo que se vislumbra é o cocuruto. Mas não se pense que eu me fico só ali a rir. Não, também eu sou vítima da situação quando, de manhã, ainda de olhos mal abertos, me aproximo da máquina de café e vislumbro uma cadeira que se move sozinha ao longo do balcão, qual filme de terror. Um sobressalto e um gritinho depois (sim, que eu sou valente com'ó raio nestas situações), lá me cai a moeda e acordo para mais um dia.

*estão a ver o início daquele anúncio da TomTom com o Yoda? O "hello?, is anyone in there?" E mesmo depois apenas ser visível uma pontinha da cabeça? Não estão a ver? Então vejam, aquiIt's pretty much the same.

2 comentários:

  1. Olha que há muita gente que tem fetiche por Nanismo. Seria bom redirecionar essas pessoas para o teu local de trabalho :P

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    1. Ahahaha! Ela não é anã, é pequenina e está sentada... logo não chega nem com os pés ao chão, nem com os olhos ao balcão ;) E não, não seria, eu sou uma pessoa séria, não ando aqui para satisfazer fetiches alheios :p

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