Contratam-se 3 funcionários que iniciam o trabalho movendo as plantas, passando logo em seguida à fase de remoção da terra ou de um seu sucedâneo (sim, eu percebo tanto de jardinagem como de pesca, peço desculpa por isso). Para tal, usam daqueles contentores grandes de plástico (uma espécie de baldes grandes, não me peçam nomes técnicos, jardinagem e eu, noves fora nada, já disse ali em cima), que possuem em grande número. Número este mais do que suficiente para encher os que 1 ou 2 funcionários têm capacidade de transportar e descarregar no exterior, e ficar igual quantidade de vazios no interior.
Ora, aqui seria de prever que, enquanto uns iriam descarregar, o outro ficaria a encher os restantes, e assim sucessivamente, numa máquina bem oleada e produtiva, que permitisse terminar o trabalho com alguma celeridade. Certo? Errado.
Primeiro, temos 3, mas apenas trabalham 2 de cada vez. Ou é de mim, que não consigo vislumbrar a importância do que fica parado. Vai-se a ver e está a desempenhar o papel crucial de "supervisionar" a obra, e eu sou demasiado limitada das ideias.
Segundo, todos eles param na contemplação das "costas" das meninas que sobem e descem as escadas, debaixo da qual estão a trabalhar. Deve ser apenas preocupação que nenhuma delas tropece ou então são crentes no provérbio "os anjos não têm costas". Num edifício com tanta mulher, dividida por tanto laboratório, equivale a dizer que estas pausas ocorrem quase minuto a minuto.
Terceiro, e o melhor de todos, cada vez que um vai descarregar os contentores, o outro descansa, quando aquele regressa, o outro enche novos contentores (sim, aqueles que já lá estavam vazios e parados), e aquele descansa.
O mesmo esquema horas e horas a fio. Por este andar vão sair dali os novos Jardins Suspensos da Babilónia. Desde que haja paciência.
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