29 setembro 2015

Memofante

Passou um ano. Aproximadamente. Tu não te lembras, mas eu sim. Daquele primeiro encontro. Do dia em que a conversa se tornou audível, após tanto nonsense que fluiu por dois teclados, arrancando gargalhadas e reflexões. Pontos de vista comuns, outros tantos díspares.

No fim de Setembro, chegaste no meio de uma chuva torrencial. Mas só depois de estacionares numa rua que não era a certa. Ainda hoje não entendo a veia criativa com que seguiste as minhas indicações, mas fizeste-me rir. E sentir-me agradecida pelo chapéu que partilhaste comigo. Eu odeio chuva. Algo que não sabias, mas agora sabes. Como tantas outras coisas, mesmo aquelas que a tua memória não guarda. Como talvez não te lembres das primeiras perguntas, ou do que me disseste depois de conheceres a minha voz. Eu sim. Mas apenas porque tenho uma memória de elefante, para todo e qualquer tipo de pormenor, trivial ou não. Mas isso também já tu sabes. Eu não to deixo esquecer.

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